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Apresentação

Este é o novo Nissan LEAF. Pai dos elétricos está irreconhecível

O LEAF é o «pai» dos elétricos mas já estava a caminhar para avô. Pedia-se uma revolução e foi precisamente isso que a Nissan lhe deu.

© Nissan

A Nissan acaba de revelar a nova geração do LEAF, que passou pela maior transformação da sua história. E podemos mesmo dizer que é o reimaginar de um ícone, porque o LEAF carrega o título de “primeiro carro elétrico a ser produzido em massa”.

Lançado em 2010, conta com 700 mil unidades vendidas até à data, sendo que foi, durante vários anos, o elétrico mais popular do mundo. Contudo, a popularidade inicial foi desaparecendo e nem mesmo o anúncio da segunda geração, em 2018, conseguiu travar isso.

Agora, para recuperar esse protagonismo, a Nissan apostou numa fórmula diferente e mudou praticamente tudo para o novo LEAF, que aderiu ao formato crossover.

Novo Nissan LEAF 2025
© Nissan Desde que foi lançado, em 2010, foram vendidas 700 mil unidades, que percorreram mais de 28 mil milhões de quilómetros.

Quem te viu e quem te vê

Com um visual mais robusto, proporções mais equilibradas e um aspeto nitidamente mais premium, o novo Nissan LEAF deixou para trás o aspeto peculiar das gerações anteriores e agora faz-se notar.

A nova silhueta não só é mais aerodinâmica (Cx de apenas 0,25) como é mais apelativa, sobretudo ao nível da traseira, marcara por uma máscara a preto e por um jogo de luzes com efeito 3D.

Quanto a mim, isto resolve um dos maiores problemas do seu irmão Ariya, que sofre de um mal que afeta muitos outros elétricos: tem um visual anónimo. O novo LEAF, por outro lado, tem caráter e personalidade e isso vai permitir que ele se destaque, mesmo num segmento muito povoado.

Está 13 cm mais curto

Isto, só por si, já é notícia. Um automóvel novo que ficou mais curto do que o modelo que vem substituir é algo que já não estamos habituados a ver no panorama atual. Mas ainda bem. Acredito que esta febre dos carros grandes há-de passar.

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Mas opiniões à parte, vamos a números: face ao antigo, o novo Nissan LEAF é 13 cm mais curto (4,35 m), 1 cm mais alto e 2 cm mais largo. Mesmo assim, está mais espaçoso do que nunca e isso sente-se perfeitamente quando nos sentamos nos lugares traseiros.

Novo Nissan LEAF
© Nissan Quanto à bagageira, oferece 437 litros de capacidade, mais 15 litros do que antes.

O mesmo é dizer que o LEAF é, mais do que nunca, uma opção pensada para as famílias. E por conta da máquina elétrica que oferece, até já pode ambicionar a que olhem para ele como o carro principal da casa. Mas já lá vamos, primeiro importa «destapar» o interior, que também passou por uma autêntica revolução.

Tecnologia Google ao nosso dispor

No interior, o salto é tão ou mais evidente do que no exterior, uma vez que pouco ou nada ficou do LEAF que conhecíamos. Agora contamos, por exemplo, com dois ecrãs de 14,3”, montados lado a lado, que transformam por completo a experiência a bordo deste elétrico.

Novo Nissan LEAF interior
© Nissan Do ponto de vista do estilo e da função, gosto do que a Nissan fez no interior do novo LEAF.

Isto porque todo o sistema assenta no Google Automotive, que nos dá acesso direto a todo o ecossistema Google e que, por isso mesmo, permite que serviços como o Google Maps estejam totalmente integrados com o infotainment do próprio carro.

Graças a isso, podemos passar diretamente itinerários pesquisados no nosso smartphone para a navegação do LEAF, sendo que se usarmos o Google Maps para planear a viagem, o sistema de pré-condicionamento da bateria vai saber quando é altura de carregar e, uns minutos antes, vai colocar a bateria à temperatura ideal. Tudo de forma automática.

Novo Nissan LEAF
© Nissan Na base do ecrã multimédia central encontramos vários comandos de acesso rápido às principais funções da climatização.

Mas há mais. Temos sempre disponível integração sem fios com Android Auto e Apple CarPlay, um sistema de som premium da Bose, com um altifalante integrado no apoio de cabeça do condutor (usado exclusivamente para chamadas ou indicações de navegação), e um tejadilho panorâmico que pode ficar opaco ou transparente com o simples premir de um botão.

É precisamente a tecnologia que já conhecemos do sistema Solarbay da Renault e que já vimos em ação no novo Renault Scenic, que é uma espécie de primo francês deste novo Nissan LEAF. Ora vejam:

Mais de 600 km de autonomia

Apesar da transformação visual que sofreu, o Nissan LEAF melhorou onde era mais preciso: na máquina elétrica. Assente na plataforma CMF-EV, a mesma do Nissan Ariya, o LEAF está disponível com duas baterias distintas, uma com 52 kWh de capacidade, que permite até 436 km de autonomia, e outra com 75 kWh, que anuncia uma autonomia total de até 604 km.

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Mas a Nissan não se limitou a divulgar estes valores, que ainda estão sujeitos a homologações finais. A marca japonesa foi mais longe e anunciou as autonomias em autoestrada, a velocidades de 130 km/h: até 224 km para a bateria de 52 kWh e até 330 km para a bateria de 75 kWh.

Quanto aos carregamentos, admite velocidades em corrente contínua (DC) de 105 kW (bateria mais pequena) ou 150 kW (bateria maior), sendo que em corrente alternada (AC) pode carregar a 7,4 kW ou, de forma opcional, a 11 kW.

© Nissan No futuro, O LEAF será capaz de devolver energia à rede, através da tecnologia V2G, ou Vehicle-to-Grid.

E para quem gosta de acampar, fazer piqueniques ou carregar uma bicicleta elétrica, também há boas notícias: o novo LEAF vem com função V2L (até 3,7 kW) — que permite usar o carro como fonte de energia para pequenos eletrodomésticos.

Potência máxima não se alterou

Apesar de utilizar um novo motor elétrico, que foi especialmente desenvolvido para este modelo, o teto de potência máximo do LEAF não se alterou face ao anterior modelo.

O mesmo é dizer que, na versão mais potente (apenas na bateria de 75 kWh), este elétrico oferece 160 kW (218 cv) e 355 Nm, o suficiente para cumprir o sprint dos 0 aos 100 km/h em 7,6s. Já a versão de entrada, associada à bateria de 52 kWh, entrega 130 kW (177 cv) e precisa de 8,6s para completar a mesma aceleração.

© Nissan Com a bateria de maior capacidade, o LEAF é capaz de percorrer até 604 km com uma só carga.

Comum a estas duas versões è o facto de esta plataforma permitir equipar uma suspensão traseira multi-link e de oferecer uma rigidez estrutural muito superior (rigidez lateral aumentou 66%), o que, em teoria, também deverá dar outro tipo de argumentos dinâmicos a este LEAF.

Mas isso é algo que só vamos poder descobrir no final deste ano, quando conduzirmos o LEAF pela primeira vez, sendo que a chegada a Portugal só vai acontecer no início do segundo trimestre de 2026. Quanto aos preços, ainda não há qualquer indicação para o nosso país.