Nova geração do Jeep Compass revelada. Mudou tudo

O nome Compass permanece, mas nesta terceira geração muda tudo para o SUV familiar da Jeep, até porque está muito em jogo. A expectativa da marca norte-americana é que contribua para o seu crescimento na Europa: a Jeep vendeu 132 mil carros em 2024, mas quase dois terços desse total são Avenger.

Também tem ambições globais — desde o lançamento da primeira geração já conquistou mais de 2,5 milhões de clientes em todo o mundo —, mas há um obstáculo a ultrapassar: as tarifas de Trump. Isto porque co novo Compass será produzido na fábrica italiana de Melfi, como já acontecia com o atual. Será também o local de produção do sucessor do DS 7 e do futuro Lancia Gamma.

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Em comum, os três assentam sobre a plataforma STLA Medium, a mesma dos «primos» Peugeot 3008, Opel Grandland ou do recentemente revelado Citroën C5 Aircross. E isso significa uma coisa: o novo Jeep Compass cresceu. E muito.

Novo Jeep Compass é muito maior

O novo Compass cresce 15 cm de comprimento até aos 4,55 m e 8,5 cm em largura até aos 1,9 m. A distância entre-eixos não fica atrás e cresce 16 cm para os 2,79 m.

São aumentos significativos que permitem aumentar o espaço para pernas na segunda fila — a Jeep fala em mais 5,5 cm — e a capacidade da bagageira é de agora 550 l. As costas dos bancos da segunda fila podem ser rebatidas numa partição 40/20/40, mas nunca formam um espaço de carga totalmente plano.

Existe uma clara evolução da qualidade dos materiais — há mais superfícies de toque suave — e também uma apresentação bastante mais moderna.

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Combina, de série, uma instrumentação digital de 10″ com um ecrã central de 16″ — destronando o C5 Aircross como tendo o maior ecrã da Stellantis. Opcionalmente, é possível dispor ainda de um head-up display (informação projetada no para-brisas).

É um Jeep. Também pode sair do asfalto

Se hoje os SUV saem poucas vezes do asfalto, haverá sempre potenciais interessados em conhecer as aptidões do novo Compass em todo o terreno moderado, ou não fosse um Jeep.

A altura ao solo vai até 200 mm e no caso dos Compass com tração às quatro rodas, os ângulos de ataque, ventral e saída são de 27º, 16º e 31º, respetivamente — nos Compass de tração dianteira, são um pouco inferiores: 20°, 15° e 26°. A capacidade de vau pode chegar aos 470 mm, dependendo das versões.

A carroçaria tem uma proteção anti-riscos, os para-choques foram reforçados para melhor proteção em ambientes urbanos e fora de estrada, e até o radar dianteiro foi reposicionado para evitar danos.

O sistema Select-terrain é de série em todas as versões e pode ser controlado através de um comutador horizontal montado na consola central, à esquerda do seletor da transmissão. Os Compass com tração às quatro rodas terão ainda um sistema de controlo de velocidade em descidas íngremes (HDC) de série.

SUV

Temos mais de 25 Jeep Compass

Preços começam nos 18 mil euros e variedade não falta: tração às duas e quatro rodas, e motores Diesel, gasolina e híbrido plug-in.

Quero ver

Mild-hybrid, híbridos plug-in e elétricos

Tal como os outros modelos assentes sobre a plataforma multi-energias STLA Medium, o novo Jeep Compass apresenta-se com motorizações diversas, todas elas eletrificadas: mild-hybrid, híbrida plug-in e 100% elétrica. Esta última, uma opção inédita na história do SUV.

A gama do novo Compass começa na versão mild-hybrid 48 V (MHEV): é o conhecido 1.2 Turbo (136 cv e 230 Nm) da Stellantis, combinado com um motor elétrico de 28 cv e 50 Nm (assistido por uma bateria de 0,4 kWh). O rendimento total do sistema é de 145 cv e 230 Nm.

Desde 34 237 euros

O Avenger está mais Jeep que nunca mas tem uma limitação

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O Jeep Avenger 4xe recebeu tração integral com a adição de um motor elétrico e uma atitude mais TT para aventuras que vão além da gravilha.

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Depois segue-se o Compass híbrido plug-in, que associa um motor a gasolina de 1,6 litros com 150 cv e 300 Nm a um motor elétrico de 125 cv e 350 Nm, para um rendimento total de 195 cv e 350 Nm. A autonomia elétrica é de 87 km a partir da bateria de 17,8 kWh.

Quando chegamos aos elétricos a gama expande-se e as especificações são praticamente idênticas às de outros elétricos da Stellantis assentes nesta plataforma:

• Tração dianteira (1 motor), 157 kW (213 cv) e 345 Nm; bateria de 74 kWh e 506 km de autonomia (ciclo combinado WLTP);
• Tração dianteira (1 motor), 170 kW (231 cv) e 345 Nm; bateria de 96 kWh e 660 km de autonomia;
• Tração 4×4 (2 motores), 276 kW (375 cv); bateria de 96 kWh e 600 km de autonomia;

No caso da versão mais potente, com 375 cv, são mais 50 cv do que vimos nos Peugeot e-3008 e e-5008 com a mesma configuração de dois motores (um por eixo).

O carregamento dos Compass 100% elétricos pode ser feito em corrente contínua (DC) até 160 kW (20-80% em 31 minutos no caso da bateria menor) ou então em corrente alternada (AC) até 22 kW (11 kW nas versões com bateria menor).

Encomendas abrem a 6 de maio

No arranque das encomendas (a 6 de maio), apenas estarão disponíveis os Jeep Compass nas versões First Edition, que prometem oferecer uma relação muito favorável entre equipamento e preço. Os preços oscilam entre os 41 000 euros do 1.2 MHEV e os 51 750 euros do elétrico mais acessível.

No equipamento de série incluem-se jantes de 20″ e faróis de matriz LED, bancos aquecidos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e câmara de estacionamento traseiro. Existe um pacote opcional simplificado com comodidades como bancos ventilados e com massagem, teto de abrir e assistência semiautomática à mudança de faixa de rodagem.

Apesar da abertura imediata das encomendas, ainda vai ser preciso esperar até ao último trimestre do ano para o ver nas estradas nacionais.

Joaquim Oliveira

Com mais de 30 anos de carreira, Joaquim Oliveira é um dos mais reputados jornalistas do setor automóvel. Colabora com a Razão Automóvel desde 2019.

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