Clássicos 190E City. O rival do Golf que a Mercedes-Benz nunca produziu

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190E City. O rival do Golf que a Mercedes-Benz nunca produziu

Fruto do trabalho da Schulz Tuning, o 190E City é a versão hatchback do famoso Mercedes-Benz 190 que a marca alemã nunca decidiu produzir.

Schulz Tuning 190E City
Schulz Tuning

Pode não parecer, mas o primeiro hatchback da Mercedes-Benz apenas surgiu em 1997 com o lançamento do Classe A. Até aí, o mais próximo a um hatchback da marca de Estugarda dava pelo nome de 190E City e… não foi criado pela Mercedes-Benz!

Pois é. Ao mesmo tempo que marcaram a ascensão definitiva dos hatchback, os anos 1980 viram também a Mercedes-Benz lançar um modelo revolucionário na sua história: o 190 (W201).

Apelidado de “baby-Mercedes”, este foi um carro revolucionário para a época e para a marca da estrela, representando uma completa mudança de paradigma para a Mercedes-Benz. Dispensava as dimensões XXL, não fazia uso intensivo de cromados por toda a carroçaria e inaugurava uma nova linguagem estilística.

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Schulz Tuning 190E City
O 190E City ao lado do seu principal rival. Schulz Tuning

Apesar de tudo isto, o Mercedes-Benz 190 (W201) estava ainda longe das dimensões dos hatchback que faziam furor naquela década e talvez por isso (ou inspirada pelo 190E Stadtwagen cuja história te havemos de contar) a Schulz Tuning decidiu criar o 190E City.

Corte e costura

Fundada por Eberhard Schulz, um antigo designer da Mercedes-Benz cujo trabalho mais célebre foi o projeto CW311, a Schulz Tuning foi a responsável pelo nascimento do 190E City (a.k.a 190E Compakt).

Baseado no chassis do 190E, o 190E City via a traseira ser cortada logo atrás das portas, perdendo desta forma o terceiro volume que o tornava num sedã.

Para o tornar num hatchback, a Schulz Tuning equipava-o com o portão da bagageira da variante carrinha do Mercedes-Benz W124. Também herdados deste eram os faróis traseiros.

Schulz Tuning 190E City
Schulz Tuning

Disponível com três e cinco portas, o 190E City da Schulz Tuning apontava diretamente àquele que era, à data, uma das referências entre os hot hatch: o Volkswagen Golf GTI. Para o fazer, recorria a um seis cilindros em linha da Mercedes-Benz com 2.5 l ou 2.6 l de capacidade que debitava entre 160 cv e 204 cv.

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Promissor mas não foi longe

Produzido de forma artesanal, escusado será dizer que o 190E City era consideravelmente mais caro do que os modelos com os quais queria competir, refletindo não só o maior nível de luxo que apresentava como os custos de produção mais elevados.

Além disto, havia outro fator a “jogar contra” o 190E City. A Mercedes-Benz não queria ser associada ao modelo e por essa razão este não podia contar com o símbolo da marca (tal não significa que não o tenham recebido depois pela mão dos proprietários), perdendo desta forma ainda mais potenciais clientes.

O resultado final de tudo isto foi uma produção praticamente residual que, segundo os rumores, se ficou entre quatro e seis unidades.

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