Competição
Ferrari Challenge faz 30 anos. Conheçam o 348 Challenge que deu origem a tudo
No ano em que o Ferrari Challenge cumpre 30 anos, é tempo de conhecer o modelo que deu origem a este campeonato: o 348 Challenge.

O Ferrari Challenge é atualmente um dos troféus monomarca mais bem sucedidos do planeta, onde podemos ver dezenas de Ferrari 488 a digladiar-se em circuito.
Mas o seu sucesso não é de agora e para entendê-lo temos de recuar no tempo até 1993.
Quando surgiu foi visto como uma autêntica revolução, mas a verdade é que a marca do Cavallino Rampante se limitou a dar aos seus clientes aquilo que há muito eles vinham pedindo, competir com os seus próprios Ferrari em pista.
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Assim nasceu o Ferrari Challenge, que este ano cumpre a sua 30.ª edição e cuja série europeia arrancou no passado fim de semana, no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.
Quatro séries distintas
Atualmente este campeonato está dividido em quatro séries distintas: Europa, América do Norte e Ásia-Pacífico, aos quais se soma um evento nacional (o primeiro), no Reino Unido.
Os vencedores destas quatro séries encontram-se, depois, na Finali Mondiali, em Itália, que se celebra todos os anos no final da temporada.
No futuro o número de séries poderá crescer e não estão descartadas mais séries nacionais, como nos explicou Andrea Mladosic, responsável pelo Ferrari Challenge e pelo Corsa Pilota.

348 Challenge, o primeiro
Mas antes de olhar para o futuro, regressamos ao passado e às origens do Ferrari Challenge. Se hoje se corre com o Ferrari 488 Challenge EVO, o primeiro modelo a fazer parte da competição foi o devidamente denominado 348 Challenge.
LEIAM TAMBÉM: Tração traseira e «super V6» com 830 cv. Primeiro teste ao Ferrari 296 GTBAo contrário do 488 Challenge Evo, o 348 Challenge não era mais que o modelo de produção ao qual era adicionado um kit de competição que lhe dava mais argumentos em pista.

E quando nos referimos ao facto de ser um modelo de produção, basta relembrar que na primeira corrida do campeonato, realizada em março de 1993, alguns dos carros participantes deslocaram-se «pelo próprio pé» do seu concessionário de Roma até ao circuito de Monza.
E só depois de chegarem ao circuito é que receberam o kit — era desmontado no final das corridas —, que incluía uma roll cage, um arnês de seis pontos, um gancho de reboque nas duas extremidades, um corta-corrente, o tradicional extintor, um escape com ligação direta e jantes de magnésio de 18”, bastante mais leves.
Os travões também era reforçados, a suspensão rebaixada e o motor 3.4 V8 naturalmente aspirado passava a produzir mais 20 cv, com a potência máxima a crescer até aos 320 cv.

A somar a isto, a Pirelli, que continua a ser hoje um dos principais parceiros do campeonato, desenvolveu um conjunto de pneus específicos para estes Ferrari de competição de ocasião.
A NÃO PERDER: Quase 145 000 km. Este é o Ferrari Enzo com mais quilómetros do mundoA primeira corrida do Ferrari Challenge — campeonato que teve Jean Alesi (então piloto da Scuderia Ferrari) como padrinho —, teria Paolo Rossi como vencedor.
O primeiro vencedor
No evento de Portimão, ocorrido no fim de semana de 2 a 3 de abril de 2022, e onde nós marcámos presença, a Ferrari exibiu — com orgulho, diga-se — o primeiro carro que venceu este campeonato: o Ferrari 348 Challenge do italiano Roberto Ragazzi.

Depois disso seguiram-se mais cinco modelos: F355, 360, F430, 458 e 488, sendo que este último recebeu ainda uma nova versão, denominada EVO, que é o protagonista atual da competição.
“A cada cinco, seis ou sete anos, dependendo do modelo, mudamos o carro. Agora, por exemplo, há cerca de três anos introduzimos o kit EVO”, explicou-nos Andrea Mladosic, que aponta esta diversidade como uma das chaves do sucesso do troféu.
Os clientes antes de tudo
Mas para o responsável pela competição, os clientes são o mais importante: “Eles são a parte principal do campeonato e o nosso maior foco”, disse.

“Temos que mantê-los felizes enquanto clientes, porque afinal eles são clientes Ferrari, mas dentro do campeonato eles são pilotos. Temos que encontrar um bom compromisso”, acrescentou.
“Este campeonato é feito para o divertimento deles . Damos-lhe uma plataforma para suportar a sua paixão pelas corridas e para desfrutarem de um fim de semana”, atirou, antes de reforçar que na pista — e no paddock — todos são tratados com pilotos profissionais, apesar de muitos deles serem amadores.
A NÃO PERDER: Fim dos motores de combustão em 2035? A Ferrari diz não ter problemas com isso“Como somos um campeonato reconhecido pela FIA, temos regulamentos, temos protocolos e linhas de comportamento. Dentro do campeonato tratamos os pilotos como se eles fossem profissionais”, disse.
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