Salão de Paris 2018
“Boicote” ao Salão de Paris? Estas 9 marcas não vão estar presentes
O Salão de Paris acontece no próximo mês de outubro, que está a ser marcado, não pelas muitas novidades que estarão presentes, mas sim pela ausência de cada vez mais marcas.

O Salão de Paris ocorre a cada dois anos, intercalando com o Salão de Frankfurt, e a edição deste ano está a ser marcada pelo número crescente de ausências. A última a anunciar que não irá estar presente no Mondial Paris Auto Show deste ano é a Volkswagen.
A marca alemã refere que revê continuamente a sua presença em salões automóveis internacionais e, neste caso em particular, a sua ausência poderá ser substituída por várias atividades de comunicação na cidade de Paris. No entanto, apenas a marca Volkswagen do grupo homónimo confirmou a sua ausência — SEAT, Skoda, Audi, Bentley, Porsche e Lamborghini, em princípio, estarão presentes.
A Volkswagen é a mais recente marca a anunciar a sua ausência em Paris: Ford, Infiniti, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Opel, Subaru e a Volvo também não estarão presentes. Também falta confirmar a presença, ou não, das marcas do grupo FCA: Fiat, Alfa Romeo, Jeep e Maserati.

“Boicote” aos salões?
A ausência destas nove marcas é apenas o mais recente episódio de um fenómeno que se tem verificado nos últimos anos, com todos os principais salões a registrarem uma redução do número de participantes.
Se antes, os salões internacionais eram o principal palco para conhecer as mais recentes novidades e concepts, hoje em dia, a realidade é outra. São várias as razões para a redução da importância dos salões internacionais automóveis.
Por um lado, deixaram de ser os palcos preferenciais para revelar as novidades e concepts: a internet tomou o seu lugar. As marcas não conseguem evitar a revelação total online das suas novidades dias e até semanas antes da abertura das portas do salão onde supostamente essa revelação iria acontecer — deixou de haver espaço para a surpresa, menos um motivo para o público se deslocar ao salão.
Por outro, os salões automóveis internacionais têm tido concorrência de outros eventos, sobretudo os ligados à tecnologia. Hoje em dia, mais depressa vemos um novo concept automóvel ser apresentado no CES (Consumer Electronic Show), do que no Salão de Detroit, que se realiza uma semana depois. “Culpe-se” a mudança que se vive na indústria — os construtores automóveis viram-se cada vez mais para a oferta de serviços de mobilidade e conectividade, pelo que é necessário encontrar outros palcos para promover esses serviços e tecnologia.
E claro, como não podia deixar de ser, custos. Existem inúmeros salões automóveis de caráter internacional, alguns deles gigantes em dimensão (por exemplo, Frankfurt), com custos crescentes de participação, o que estica em demasia os orçamentos e recursos humanos das marcas. Algumas marcas viram-se agora para outros eventos, mais especializados, pequenos e acessíveis, para passar a sua mensagem sem serem “atropelados” pela concorrência.
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