Ambiente
Shell sugere proibição de venda de carros a gasolina e Diesel já em 2035
A petrolífera Shell considera que, caso a China, os Estados Unidos e a União Europeia, consigam proibir, já em 2035, a venda de carros a gasolina e Diesel, será possível alcançar as metas fixadas pelo Acordo de Paris sobre alterações climáticas.

A afirmação, surpreendente desde logo por vir de uma companhia petrolífera — atualmente sob a ameaça de processo legal, acusada de ser a responsável por 2% do total de emissões de dióxido de carbono e metano realizadas entre 1854 e 2010 — vem antecipar, em cinco anos, para 2035, a proibição da venda de automóveis com motor térmico prevista, por exemplo, pelo governo britânico para 2040.
Utilizando como base de argumentação o último estudo ambiental promovido pela própria companhia, a que deu o nome de Sky Scenario — que visa apontar caminhos com vista à concretização das metas estabelecidas nos Acordos de Paris —, a Shell sugere que, para tal, será preciso que blocos como a China, os Estados Unidos e a Europa, vendam, única e exclusivamente, veículos zero emissões, já a partir de 2035.
Para a petrolífera, este cenário poderá ser uma realidade com os desenvolvimentos que vierem a ser alcançados no domínio da condução autónoma e na sua utilização no centro das cidades, assim como com a diminuição do custos de produção dos veículos elétricos e os necessários melhoramentos da infraestrutura rodoviária.

Gasóleo, solução realista para transporte de mercadorias
O cenário sugerido é aplicado aos carros ligeiros, mas no transporte rodoviário de mercadorias, a Shell afirma que o gasóleo continuará a ser utilizado até à década de 2050, devido à “necessidade de um combustível de alta densidade energética”. Mas não significa que este setor não se transforme, diversificando-se pelo recurso a biodiesel, hidrogénio e eletrificação.
De acordo com o estudo, a transformação do parque automóvel deverá estar largamente concluída em 2070. Os combustíveis produzidos a partir de hidrocarbonetos deverão registar uma queda no consumo para metade, entre 2020 e 2050, caindo, a partir daí e até 2070, para 90% daquilo que é o consumo atual.
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No entender da Shell, o hidrogénio será outras das soluções com lugar assegurado num futuro mais amigo do ambiente, independentemente do facto de, hoje em dia, ser uma solução marginal. Com a petrolífera a defender, inclusivamente, que as infraestruturas que atualmente vendem combustíveis fósseis, poderão ser facilmente transformadas para vender hidrogénio.
Finalmente e sobre o estudo propriamente dito, a Shell defende que foi concebido para servir de possível fonte de “inspiração” para governos, indústria e cidadãos, assim como para mostrar “aquilo que acreditamos poder vir a ser um possível caminho a seguir, em termos tecnológicos, industriais e económicos”.
Sky ScenarioEste estudo deverá ser capaz de dar, a todos nós, uma maior esperança — e, talvez, até servir de inspiração. Observado segundo uma perspetiva mais prática, pode ser que esta análise consiga apontar-nos algumas áreas a que devamos prestar uma maior atenção, de forma a conseguir obter os melhores resultados
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