Notícias Pilotos por um dia. Os gentleman drivers das 24 Horas de Fronteira

24 Horas Vila de Fronteira

Pilotos por um dia. Os gentleman drivers das 24 Horas de Fronteira

Apesar da projeção internacional, nas 24 Horas de Fronteira também há espaço para o convívio. Um convívio temperado com terra e adrenalina.

24 Horas Fronteira 2017

Embora as 24 Horas TT Vila de Fronteira tenham hoje uma projeção internacional, na imensa lista de inscritos continua a haver espaço para os pilotos amadores, ou se preferirem, para os gentleman drivers. Homens e mulheres com profissões distintas, que têm em comum a paixão pelos carros. Este artigo é sobre a história de dois desses gentleman drivers. Manuel Teixeira e Jorge Nunes.

O primeiro, Manuel Teixeira, advogado e estreante nas lides do todo-o-terreno, encontrou nas rápidas planícies alentejanas a terapia ideal para a morosidade com que por vezes é confrontado no exercício da sua profissão. O segundo, Jorge Nunes, é um nome familiar para aqueles que nutrem uma paixão especial pelos Porsche. Proprietário da Sportclasse — especialista independente Porsche — e filho de Américo Nunes, Jorge Nunes decidiu, também pela primeira vez, trocar os Porsche pelos comandos de um todo-o-terreno.

Fronteira 2017
Concentração é um dos predicados exigidos a qualquer piloto

Integrados em equipas e carros diferentes, Manuel Teixeira num Land Rover Bowler da formação Silver Fox Racing Team, e Jorge Nunes num Nissan Terrano II da RedeEnergia/SportClasse, assumiam partir para esta aventura com o mesmo espírito: diversão máxima. Como objetivos secundários assumiram que chegar ao fim das 24 Horas de Fronteira era o ideal.

“Objetivo em Fronteira é divertirmo-nos à grande!…”

No caso do proprietário da Sportclasse, “tudo aconteceu na sequência da vontade de um grupo de amigos que queria alugar um carro para correr em Fronteira. Acabámos por arranjar mais do que um carro e pronto… aqui estamos nós”.

Fronteira 2017
“Estamos aqui, principalmente, para nos divertimo-nos à grande”, diz Jorge Nunes

Quanto à constituição da equipa, a que foi dada o nome de Rede Energia/SportClasse, Jorge Nunes destaca a experiência diversa dos elementos: “uns têm experiência… outros, como eu, não têm experiência nenhuma. Estou mais habituado aos Porsche e ao asfalto ”.

Fazendo uma comparação entre as duas modalidades, Jorge defende que, ao contrário dos ralis e da velocidade “aqui, o que importa, é a resistência”, já que, “especialmente com a passagem dos buggys, o piso ganha verdadeiras crateras. Temos de gerir o desgaste do carro”.

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Quanto aos custos, Jorge Nunes diz que “basicamente, isto foi tudo montado com muita carolice. O carro tem quase 20 anos mas chega para os nossos propósitos”.

Fronteira 2017
Embora rápido ao início, o Bowler de Manuel Teixeira acabou por não chegar ao final

“Vai ser muito duro, mas também muito interessante”

Não muito diferente é, de resto, a postura de Manuel Teixeira. Apesar de alinhar com um competitivo Bowler Proto, encarou a prova com a mesma descontração. “Quanto me disseram que era para correr num Bowler, respondi que era carro demais para mim mas decidi aceitar”.

Fronteira 2017
Manuel Teixeira junto ao Bowler.
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Apesar da pouca experiência, conseguiu imprimir ritmos interessantes e superou as expectativas da equipa. “A equipa pediu-me para fazer tempos à volta dos 15 minutos por volta, pelo que, neste momento, só posso estar satisfeito; acabei de fazer 13,03 m, ou seja, quase dois minutos abaixo do que me foi pedido. Estou muito satisfeito”.

24 Horas Fronteira 2017
Soado o tiro de partida, é esquecer as dúvidas e procurar o melhor lugar possível

Do sonho… à (dura) realidade

Confiantes após a sessão de treinos livres que teve lugar na sexta-feira, a corrida propriamente dita, acabaria por ser madrasta, tanto para Manuel Teixeira, como para Jorge Nunes. Com o primeiro a não conseguir sequer cumprir o seu turno de condução. Logo no segundo turno das 24 Horas de Fronteira, o Bowler sofreu uma pancada no chassis, que acabou por hipotecar o resto da prova.

Quanto a Jorge Nunes, acabaria por ter melhor sorte, já que, ao ter ficado com o primeiro turno de condução, ainda conseguiu saborear a experiência de pilotar em ambiente de corrida. Comentando, logo após o final do seu turno em Fronteira, que “fartei-me de me divertir, apesar de irmos a maior parte do tempo aos saltos dentro do carro. Mas, para quem gosta desta adrenalina, é, realmente, muito giro!”.

Independentemente do resultado, ambos prometeram voltar para o ano. Nós vamos fazer o mesmo.

24 Horas Fronteira 2017
Muitas equipas são compostas por grupos de amigos. Objetivo? Máxima diversão.

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