Crónicas Suzuki Escudo Pikes Peak no Gran Turismo 2. Quem nunca?

Recordações

Suzuki Escudo Pikes Peak no Gran Turismo 2. Quem nunca?

Há uns anos havia um puto algures no Alentejo, que estourou as férias todas as jogar Gran Turismo 2 aos comandos de um Suzuki Escudo. Será que foi caso único?

Esse puto como devem calcular chamava-se Guilherme. É o mesmo que agora escreve estas linhas e que tem o dobro da idade. O dobro?! Isto soa tão mal…

Não estou sozinho nisto pois não? Diz-me que tu também estouraste meses de vida agarrado à saga Gran Turismo. Lembrei-me de partilhar isto aqui a propósito do lançamento do novo Gran Turismo Sport − se nos visitas diariamente já deves ter dado conta que a saga continua de boa saúde e recomenda-se. Sabe mais aqui neste conteúdo patrocinado.

“Oh pai compra-me lá o Gran Turismo Sport”. Se o meu filho nunca me fizer pedidos destes vou sentir que falhei… Gosto de pensar que por esta altura há mais putos (e não só…) a derreter o fim de semana agarrados à consola, como se não houvessem mais obrigações na vida.

Naquele tempo não havia…

Se não me falha a memória, naquela época ainda era um excelente aluno − algures no 12º ano, por culpa da agenda ocupadíssima de finalista, a coisa alterou-se um pouco e as notas desceram a pique. As minhas preocupações resumiam-se a manter as notas num bom nível e pouco mais.

À parte disto, lutava todos os dias, especialmente durante as férias, para angariar dinheiro no Gran Turismo. Nem sempre era fácil, gastava mesmo muitos créditos a levar ao extremo carros que não valiam nem um cêntimo.

Ah… vou comprar um Honda Jazz e equipar o motor até à última peça só porque posso. #viveràlarga

Até que descobri o Suzuki Escudo Pikes Peak. Naquela altura não fazia ideia o que era um Suzuki Escudo, nem tão pouco o que era o Pikes Peak ou quem era Nobuhiro ‘Monster’ Tajima mas o enorme aileron traseiro chamou-me a atenção.

Pensei, “talvez valha a pena estourar 1.000.000 cr nisto”. O Gran Turismo nunca mais foi o mesmo.

Lembro-me da primeira vez que carreguei no X (acelerador): “bem, isto é mesmo rápido”! Daquele momento em diante passei a ganhar todas as corridas e campeonatos. Descobrir o Suzuki Escudo Pikes Peak foi o meu Euromilhões digital.

Graças ao Suzuki Escudo nunca mais tive problemas de dinheiro no Gran Turismo. Foi uma festa de preparações e compras absurdas.

Suzuki Escudo Gran Turismo 2

Mas já que estamos aqui deixe-me recordar-vos as especificações técnicas da «besta». Motor 2.5 litros V6 twinturbo com quase 1000 cv, caixa sequencial de seis velocidades, tração integral e apenas 800 kg de peso. Não admira que ganhasse a tudo e a todos.

Tenho de agradecer

Há dois jogos que contribuíram imenso para hoje ser um condutor muito acima da média. Noto isso quando tenho possibilidade de explorar carros como este e este em pista.

Um desses jogos foi o Gran Turismo, o outro foi o TOCA 2 da Codemasters. Quase me esquecia do Colin McRae Rally − imperdoável. Tive a sorte de crescer na altura em que os videojogos começaram a simular a realidade. Uma evolução imensa tendo em consideração que poucos anos antes jogava Mario Kart.

Este foi o meu primeiro volante. Era do melhor que havia na altura, acreditem.

Lembro-me da primeira vez que liguei o volante a uma consola. O meu primeiro volante já tinha force-feeback, travão de mão e alavanca das mudanças. Custou 25 contos (125 euros) numa loja no Pinhal Novo. Bem gastos!

A i.a. dos adversários era notável. A nível gráfico foram feitas concessões para dar destaque à física do jogo em termos de processamento.

Hoje é outro mundo

Ainda não experimentei o novo Gran Turismo Sport. Mas tenho curiosidade para saber como é que funciona a história dos óculos virtuais. Já pareço um velho a falar, mas a verdade é que perdi um pouco o comboio do gaming.

gran turismo sport

Gráficos em alta definição, óculos virtuais, volantes altamente realísticos, consolas com especificações de fazer inveja a muitos computadores… enfim, um mundo novo. Confesso que após tantos anos afastado das lides dos simuladores, tenho receio de “agarrar” novamente o vício. Aqui na Razão Automóvel o especialista em simuladores é o Diogo Teixeira.

Quando voltar a experimentar conto-vos como foi. Uma coisa é certa… neste mundo onde a gasolina é cada vez mais cara, as consolas apesar de não serem baratas parecem cada vez mais  um bom negócio.

Finalmente a Porsche no Gran Turismo. Durante muitos anos só tivemos a RUF (problemas com licenças…).