Notícias Avenida da Liberdade sem carros ao domingo, mas não só. O que vai mudar no trânsito em Lisboa

Mobilidade

Avenida da Liberdade sem carros ao domingo, mas não só. O que vai mudar no trânsito em Lisboa

Além da proibição da circulação na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados, os limites de velocidade também vão ser reduzidos em Lisboa.

Marquês de Pombal Lisboa 2018

A Câmara de Lisboa aprovou ontem uma proposta que vai baixar os limites de velocidade na capital e vai proibir a circulação automóvel aos domingos e feriados na Avenida da Liberdade e noutros locais da cidade.

A proposta foi apresentada pelo Livre ao abrigo da iniciativa “Contra a guerra, pelo clima: proposta pela redução da dependência dos combustíveis fósseis na cidade de Lisboa”.

Foi aprovada com votos contra de todos os vereadores dos Novos Tempos (a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), a abstenção dos dois vereadores do PCP e com oito votos a favor — cinco do PS, um do Livre e um do BE.

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2ª Circular
A 2.ª Circular pode vir a ser uma das vias onde os limites de velocidade vão ser reduzidos.

Começando pelos limites de velocidade, esta iniciativa obriga o executivo camarário a “reduzir em 10 km/h a velocidade máxima de circulação permitida para: 30 km/h nas vias de 3.º, 4.º e 5.º nível da rede viária, para 40 km/h nas vias de 2.º nível e para 70 km/h nas vias de 1.º nível”.

Domingos e feriados sem carros

Outra das medidas previstas (e a mais polémica) é a reativação do programa “A Rua é Sua”. Iniciado em 2019, este programa previa o fecho da Avenida da Liberdade à circulação automóvel no último domingo de cada mês, mas a proposta do Livre vai mais longe e quer a “eliminação do trânsito automóvel na Avenida da Liberdade em todos os domingos e feriados “.

Além disso, este corte da circulação automóvel deverá ser alargado a todas as freguesias da cidade, devendo ser aplicado a “uma artéria central (ou mais) com comércio e serviços locais, para que todos os fregueses de toda a cidade possam experimentar fazer as suas deslocações de proximidade a pé de forma segura e confortável sem necessitar do automóvel próprio”.

Táxis elétricos e mais transportes públicos

A proposta agora aprovada sugere ainda a promoção da consulta e participação pública para proceder à transformação definitiva dos espaços nas várias freguesias. O objetivo? Alargar as zonas pedonais.

Já no que respeita aos transportes públicos, a proposta do Livre defende a promoção da sua utilização, a sua “tendencial gratuitidade” e o incentivo ao uso de formas de mobilidade suave.

Táxi
Uma das medidas propostas passa por estudar a criação de um programa de eletrificação da frota de táxis da cidade.

Nesse campo, está previsto o alargamento da rede ciclável, da rede de parques de estacionamento para bicicletas e o aumento do alcance da rede de bicicletas partilhadas Gira.

Quanto aos táxis, é defendido a criação de um programa de eletrificação da frota.

Ainda nesta proposta podemos encontrar medidas relativas à sustentabilidade dos edifícios e até de incentivo ao teletrabalho no município.

Moedas reage

Carlos Moedas, o presidente da Câmara de Lisboa, considerou a aprovação destas propostas por parte da oposição como uma demonstração de “soberba”.

“Foi uma proposta feita pelos vereadores da oposição. Eu votei contra, todos os vereadores dos Novos Tempos votaram contra, e penso que é uma proposta que mostra a soberba e que, de certa forma, a própria oposição não está a perceber aquilo que as pessoas querem em Lisboa, que é poder decidir, é poder falar com elas”, disse Moedas à margem da conferência “O Passado, o Presente e o Futuro das Cidades”.

Sobre o encerramento da circulação automóvel aos domingos na Avenida da Liberdade, o presidente da Câmara disse: “Já tive de manhã todas as pessoas da Avenida da Liberdade a perguntar o que vai acontecer, porque vamos fechar a Avenida da Liberdade em dias que têm o comércio aberto. Tudo isto é grave, porque é estar a fazer contra as pessoas. Temos de caminhar para uma cidade mais sustentável, que estamos a fazer em muitos aspetos”.

Fonte: Diário de Notícias

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