Metade da ciclovia da Almirante Reis vai desaparecer para dar espaço aos carros

A Avenida Almirante Reis vai mudar e de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a solução imediata passa por “acabar com metade da ciclovia”.

O anúncio foi feito esta quarta-feira, na reunião pública do executivo camarário, com Moedas a ressalvar que a longo prazo terá que existir um projeto de reperfilamento desta artéria da cidade de Lisboa.

Moedas explicou ainda que para já é necessário “retirar parte da ciclovia para escoar o trânsito” para fora da cidade e resolver momentaneamente este problema.

Por isso mesmo, toda a ciclovia do sentido ascendente deixará de existir, para que desse lado passem a haver duas faixas para automóveis. Do lado oposto, no sentido descendente, a ciclovia manter-se-á, passando a “acolher” ciclistas nos dois sentidos.

Moedas falou ainda da sua visão de futuro para esta avenida, que terá que ter duas faixas de automóveis de cada lado, mantendo a ciclovia. Segundo Moedas, este é o seu “sonho”.

“Vamos fazer da Almirante Reis aquilo que é a Avenida da Liberdade. Reperfilar, reconstruir a avenida para, no futuro, numa solução de longo prazo, termos uma avenida que possa ter duas faixas de cada lado, com os carros a passar, mas também as ciclovias”, começou por dizer o autarca.

“É esse o meu sonho. Foi isso que ouvimos das pessoas”, acrescentou o presidente da Câmara de Lisboa, numa intervenção em vídeo (ver acima), onde admitiu que “depois de ouvir várias opiniões e avaliar diferentes soluções, percebi que retirar totalmente a ciclovia não seria a melhor opção transitória”.

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Recorde-se que este tema da Avenida Almirante Reis foi resgatado por Pedro Anastácio, vereador do PS, que questionou a proposta apresentada na semana relativamente à requalificação desta artéria, para uma ciclovia bidirecional.

Pedro Anastácio acusou mesmo este executivo de ter feito “plágio” da solução inicial apresentada pelo anterior executivo, liderado por Fernando Medina, e que esta proposta “de novo não tem nada”.

Moedas respondeu afirmando que “o que se passou na Almirante Reis durante o mandato do anterior executivo foi não ouvir as pessoas” e que esta sua deliberação resulta da “inclusão das pessoas” na decisão.

Miguel Dias

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