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Atrasos e adiamentos na Europa refutados pela BYD

Ao contrário do que tinha sido anunciado recentemente, os planos da BYD de produzir na Europa continuam de «vento em popa».

Dois dias depois da Reuters avançar que a fábrica da BYD na Hungria só deverá arrancar com a produção em 2026, a marca chinesa veio agora garantir o contrário. A produção da primeira fábrica de uma marca chinesa na Europa vai mesmo começar ainda este ano.

Sobre as reduções na produção, em declarações ao Global Times, a BYD reafirmou que a sua estratégia para a Europa “é de longo prazo” e que o projeto “se mantém no calendário original”. Também confirmou que a capacidade anual prevista de 300 mil unidades se mantém inalterada e que, neste momento, está em curso a certificação de 150 fornecedores europeus que vão apoiar a produção local.

Herbert Eibensteiner, diretor-executivo da Voestalpine, e Stella Li, vice-presidente executiva da BYD
© BYD (Herbert Eibensteiner, diretor-executivo da Voestalpine, e Stella Li, vice-presidente executiva da BYD) No final de junho, a BYD assinou o primeiro acordo de fornecimento local com a Voestalpine, empresa austríaca especializada em aço para carroçarias. O fornecimento começa já no outono, reforçando a intenção da marca em manter o calendário.

Processo de expansão da BYD continua

Apesar dos rumores, a estratégia de expansão global da BYD continua a avançar. A marca está atualmente presente em mais de 20 mercados europeus, tendo entrado recentemente em países como a Roménia, Eslováquia, Croácia, Sérvia ou Estónia.

Com um investimento superior a 4 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros), a fábrica do construtor em Szeged, na Hungria, será a primeira de um construtor chinês na Europa. Permitirá contornar as tarifas adicionais aplicadas aos carros importados da China.

Segundo a Jato Dynamics, em junho foram matriculados 15 565 veículos da BYD na Europa, num total de 70 500 unidades no primeiro semestre de 2025. Na China, as vendas acumuladas de 2025 já ultrapassam 1,5 milhões de unidades.

Em Portugal, nos primeiros seis meses do ano, a marca registou 2818 automóveis, um crescimento de 194,5% (Fonte: ACAP). Este número mete o construtor no Top 20 das marcas mais vendidas nacionalmente, entre a Audi (2511 unidades) e a Skoda (2933 un.).

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