Notícias Skoda dá mais lucro que a Porsche. Os números do Grupo Volkswagen

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Skoda dá mais lucro que a Porsche. Os números do Grupo Volkswagen

Os resultados do primeiro semestre de 2025 do Grupo Volkswagen surpreenderam, destacando-se a performance da Skoda e da Porsche, por motivos opostos.

Skoda Elroq - detalhe da frente
© Skoda

O Grupo Volkswagen já divulgou os seus resultados do primeiro semestre de 2025 e houve… surpresas. A maior delas está na performance da Skoda: foi a marca com os lucros mais elevados e uma das mais rentáveis de todo o grupo.

A marca checa atingiu um lucro operacional de 1285 mil milhões de euros, um salto de 11,8% para o primeiro semestre de 2024. A Skoda conseguiu ficar à frente das marcas que, tradicionalmente, são as mais lucrativas dentro do grupo: a Porsche e a Audi.

E mesmo ao nível da margem de lucro operacional, a Skoda surpreendeu: 8,5%. A Porsche não foi além dos 5,2% — uma queda brutal dos 16,4% conseguidos no primeiro semestre do ano passado —, e a Audi ficou-se pelos 3,3%. Entre as marcas automóveis do Grupo Volkswagen, só a Lamborghini superou a Skoda neste parâmetro: 26,6%.

Skoda Octavia, frente
© Skoda A Skoda teve um primeiro semestre de 2025 fenomenal: o Octavia mantém-se como o seu modelo mais vendido.

As boas notícias para a Skoda neste primeiro semestre não terminaram: as vendas subiram 13,6% para os 509 400 veículos, conseguindo, pela primeira vez na sua história, ser o terceiro construtor automóvel mais vendido na Europa.

Problemas da Porsche agravam-se

Depois de vários anos consecutivos a bater recordes de vendas e lucros, o ano de 2025 está a ser muito difícil para o fabricante de Estugarda. O construtor ainda continua a crescer em regiões como a América do Norte, mas devido, sobretudo, à quebra significativa na China, foi arrastado para um conjunto de resultados muito abaixo do habitual.

Porsche Macan na estrada, frente
© Porsche O Porsche Macan (elétrico e combustão) foi o modelo mais vendido da marca no primeiro semestre com 45 137 unidades comercializadas.

Apesar das dificuldades, a Porsche apresentou 832 milhões de euros de lucro. É, no entanto, uma queda muito significativa de 67% face ao primeiro semestre de 2024, quando registou lucros de 2,9 mil milhões de euros. As vendas também diminuíram 6,1%, para 146 391 unidades.

A Audi também registou uma perda acentuada de lucros: -45% para 1,1 mil milhões de euros. As vendas também tiveram uma quebra na ordem dos 6%, para as 783 531 unidades.

A contribuir para estes resultados estão também outros fatores, como as tarifas impostas por Donald Trump, que afeta particularmente a Audi e a Porsche. Nenhum dos construtores tem fábricas nos EUA para mitigar o impacto das tarifas.

Efeitos da redução de custos na Volkswagen

Depois de no ano passado a Volkswagen ter passado por um período muito conturbado que culminou num plano de restruturação agressivo — entre as várias medidas vão ser eliminados 35 mil postos de trabalho até 2030 —, começam a surgir os resultados.

O lucro operacional de 1,10 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2025 representa um aumento significativo de 20,3% face ao mesmo período de 2024. A margem também aumentou de 2,2% para 2,5%. Previsivelmente foi também a marca mais vendida do grupo com 1 521 278 veículos comercializados em todo o mundo (excluindo a China).

Volkswagen Golf GTI 50 Edition
© Volkswagen Volkswagen está em modo de recuperação: depois de um 2024 muito difícil, o plano de restruturação já começa a mostrar resultados, apesar do contexto global estar a ser cada vez mais desafiante.

Por fim, a SEAT S.A. (que integra as marcas SEAT e CUPRA) teve um desempenho muito tímido, com um lucro operacional de apenas 38 milhões de euros, uma queda muito acentuada de 90,6% face ao período homólogo.

Ainda assim, as vendas cresceram 1,7%, para um total de 302 600 unidades, impulsionadas sobretudo pela CUPRA, que cresceu 33,4% (167 600 unidades). A marca SEAT, por outro lado, viu as suas vendas recuarem 21,4%, para 135 mil unidades.

Previsões revistas em baixa

No total, o Grupo Volkswagen obteve um resultado operacional de 6,7 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano — uma queda de 33% face a 2024. A margem operacional também caiu, de 6,3% para 4,2%. As vendas totais somaram 4,4 milhões de veículos, um crescimento ligeiro de 0,5% face ao período homólogo anterior.

O segundo semestre promete ser tão ou mais desafiante para o gigante alemão, que reviu em baixa as previsões para este ano de 2025. O contexto está a ser marcado por incertezas geopolíticas, restrições comerciais e concorrência cada vez mais intensa.

Na atualização das previsões publicada a 25 de julho, a empresa alemã admite agora que as receitas deverão ficar em linha com as de 2024, abandonando a previsão anterior de um crescimento até 5%. Também a rentabilidade será afetada. A margem operacional esperada passou a situar-se entre 4,0% e 5,0%, abaixo da anterior estimativa de 5,5% a 6,5%.

O Grupo Volkswagen reconhece que o desempenho dependerá em grande medida da evolução das tarifas de importação aplicadas pelos Estados Unidos.

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