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Ferrari adia segundo modelo elétrico por uma única razão

Os planos para o primeiro Ferrari elétrico mantém-se, mas parece que o lançamento de um segundo elétrico foi adiado um par de anos.

Ferrari SF90 XX Spider - detalhe da aerodinâmica
© Collecting Cars

A ideia de um Ferrari elétrico continua a despertar polémica desde o momento em que foi anunciado. Mas os planos da marca italiana para o seu primeiro elétrico mantém-se, com a revelação a estar marcada para o dia 9 de outubro.

Só que agora a Reuters avança que o lançamento de um segundo modelo 100% elétrico (que desconhecíamos) foi adiado do final de 2026 para 2028, de acordo com duas fontes.

Porquê manter os planos para um e adiar o outro? Segundo uma das fontes, o primeiro Ferrari elétrico será, sobretudo, um marco simbólico e um modelo de baixa produção. Já o segundo elétrico está a ser visto como a «prova de fogo» de que a Ferrari consegue também vender elétricos de alta performance.

© Razão Automóvel Até agora, só vimos um Ferrari elétrico em testes, assumindo um formato semelhante ao de um crossover. Mas afinal são dois modelos elétricos que estão em desenvolvimento. Fica agora por saber se este será o primeiro, que vamos conhecer em outubro, ou o segundo, que foi agora adiado para 2028.

A mesma fonte diz que planeavam para este elétrico de «volume» vendas de 5000-6000 unidades num período de cinco anos. E é aqui que reside o problema.

De acordo com as mesmas fontes, simplesmente não há procura suficiente para sustentar a produção desse segundo elétrico durante cinco anos.

Ferrari não é a única

Este adiamento acontece numa fase em que vários construtores têm revisto os seus planos de eletrificação, devido à evolução mais lenta do que o esperado na procura por modelos elétricos. No caso dos supercarros e modelos de alta performance, onde habitam marcas como a Ferrari ou a Lamborghini, a procura parece ser virtualmente zero.

Também a rival de Sant’Agata Bolognese tinha previsto lançar o primeiro elétrico em 2028 — antecipado pelo Lamborghini Lanzador —, e já o empurrou para 2029. A Maserati foi mais longe e cancelou o MC20 Folgore, que tinha sido anunciado há mais de cinco anos.

Parece que nem o poder da marca Ferrari é grande o suficiente para convencer o mercado a comprar supercarros elétricos — o apelo dos motores de combustão a este nível está mais forte que nunca.

A aposta da marca italiana passa por continuar a diversificar a sua gama com motorizações híbridas e manter uma abordagem seletiva na transição elétrica. O primeiro Ferrari elétrico vai continuar em testes, e será produzido numa nova unidade em Maranello. A marca promete um modelo que respeite a tradição, mas com tecnologia avançada e diversas soluções inéditas. E garante que não será um SUV.