Autopédia Pessoas que abrandam para ver acidentes. Isso tem um nome

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Pessoas que abrandam para ver acidentes. Isso tem um nome

Os acidentes de automóveis causam, naturalmente, constrangimentos no trânsito. Mas há outro fenómeno que agudiza essa situação.

© Volvo Cars

Não é nenhum dos adjetivos que eventualmente estão a pensar. O ato de abrandar para ver um acidente é um fenómeno estudado e tem um nome.

Já todos os condutores foram confrontados com esta situação. Uma fila interminável, aparentemente devido a um acidente e mais uns quilómetros adiante, percebemos que o acidente aconteceu mesmo. Mas contrariamente às nossas expectativas, o acidente aconteceu no sentido oposto, do outro lado do separador. Ou seja… o trânsito abrandou sem justificação aparente.

Este fenómeno tem um nome e tem vindo a ser estudado: chama-se rubbernecking (do inglês, pescoço de borracha). Além de ter nome, é também um ato perigoso. Pode aumentar as filas de trânsito e, em alguns casos, devido à distração, causar um novo acidente.

Os motivos para o rubbernecking

Os especialistas apontam como principal causa deste fenómeno, algo bastante simples: a natureza humana. A curiosidade pelo perigo é algo inato ao ser humano e desperta no nosso cérebro mecanismos similares a atividades radicais, com a sensação de adrenalina.

Por vezes, a curiosidade dos automobilistas causa novos acidentes. A distração é o principal motivo.

Depois há ainda outro fenómeno: preocupação. Apesar de muitas vezes as equipas de socorro já estarem no local, há pessoas que querem confirmar o estado dos passageiros.

Quando não há vítimas a lamentar, as atenções focam-se noutro objeto: os veículos. Em Portugal — ainda que de forma menos científica — também foi adoptado um nome para esse fenómeno. Os portugueses chamam estes condutores de «orçamentistas».

Numa fração de segundos medem os estragos e ditam a sua sentença: é perda total ou dá para arranjar.

Seja como for, por curiosidade ou preocupação, não há desculpa para parar ou abrandar mais do que o estritamente necessário. A menos que seja para prestar auxílio em casos muitos específicos previstos na lei portuguesa. Fora estes casos, a recomendação das autoridades é clara: abrandar para ver um acidente é perigoso, desaconselhado e potencialmente perigoso.