Notícias UE. Estes sistemas de segurança vão passar a ser obrigatórios a partir de 2021

Segurança Rodoviária

UE. Estes sistemas de segurança vão passar a ser obrigatórios a partir de 2021

A Comissão Europeia anunciou novas regras para a segurança automóvel, incluíndo a obrigatoriedade de equipar os carros com determinados sistemas de segurança a partir de 2021.

Rover 100

O objetivo da Comissão Europeia é reduzir para metade o número de mortes nas estradas europeias até 2030, um passo intermédio do programa Vision Zero, que quer reduzir a praticamente zero o número de fatalidades e feridos nas estradas até 2050.

O ano passado houve 25 300 mortes e 135 mil feridos graves no espaço da União Europeia, e apesar de significar uma redução de 20% desde 2010, a verdade é que desde 2014 os números mantém-se praticamente estagnados.

As medidas agora anunciadas pretendem reduzir assim em 7300 o número de fatalidades e em 38 900 os feridos graves para o período entre 2020-2030, com reduções acrescidas previstas com a introdução de medidas relativas às infraestruturas.

Volvo XC40 Crash test

Um total de 11 sistemas de segurança passarão a ser obrigatórios para os automóveis, muitos deles já conhecidos e presentes nos automóveis de hoje em dia:

  • Travagem autónoma de emergência
  • Pré-instalação Alcoolímetro bloqueador de ignição
  • Detetor de Sonolência e Distração
  • Registo de dados em caso de acidentes
  • Sistema de Paragem de Emergência
  • Atualização do Crash-test frontal (toda a largura do veículo) e cintos de segurança melhorados
  • Zona de impacto da cabeça alargada para peões e ciclistas, e vidro se segurança
  • Assistente inteligente de velocidade
  • Assistente de manutenção na faixa de rodagem
  • Proteção dos ocupantes — impactos contra poste
  • Câmara traseira ou sistema de deteção
Obrigatoriedade não é de agora
Já no passado a UE tinha mandatado a instalação de vários equipamentos para incrementar os níveis de segurança dos automóveis. Desde o mês de março deste ano, o sistema E-Call passou a ser obrigatório; ESP e sistema ISOFIX desde 2011, e se formos mais atrás, o ABS é obrigatório em todos os automóveis desde 2004.

Os crash-tests, ou testes de impacto, serão atualizados — apesar de mais mediáticos, os testes e critérios do Euro NCAP não têm efetivamente valor regulatório — afetando o teste de impacto frontal, a toda a largura do veículo; o teste do poste, onde a lateral do carro é lançada contra um poste; e a proteção para peões e ciclistas, onde a área de impacto da cabeça no veículo será ampliada.

No que toca a equipamentos ou sistemas de segurança que passarão a ser obrigatórios nos automóveis a partir de 2021, o mais óbvio é a travagem autónoma de emergência, que já faz parte de tantos modelos — após o Euro NCAP ter exigido a presença deste sistema para alcançar as desejadas cinco estrelas, tornou-se cada vez mais comum. De acordo com vários estudos, estima-se que poderá reduzir o número de embates por trás em 38%.

As câmaras traseiras também já são frequentes — recentemente passaram a ser obrigatórias nos EUA —, assim como os assistentes de manutenção da faixa de rodagem e até o sistema de paragem de emergência já é bastante conhecido — este liga os quatro piscas em caso de travagem, servindo de alerta para os condutores que seguem atrás.

Uma das novidades é a introdução de um sistema de registo de dados — vulgo “caixa negra”, como nos aviões —, caso ocorra um acidente. Mais controversos são o assistente inteligente de velocidade e a pré-instalação de alcoolímetros capazes de bloquear a ignição.

Velocidade controlada pelo automóvel

O assistente inteligente de velocidade tem a capacidade de limitar automaticamente a velocidade de um automóvel, cumprindo os limites de velocidade vigentes. Ou seja, recorrendo ao detetor de sinais de trânsito, já presente em tantos automóveis, pode sobrepor-se à ação do condutor, mantendo o carro na velocidade legal permitida. No entanto, será possível o desligar temporariamente do sistema.

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Quanto aos alcoolímetros em si, não serão legalmente obrigatórios — apesar de vários países já terem leis referentes ao seu uso —, mas os automóveis terão de estar preparados de origem para os instalar, facilitando o processo. Basicamente, estes funcionam ao obrigar o condutor a “soprar o balão” para conseguir ligar o carro. Ao estarem ligados diretamente à ignição, caso detetem álcool no condutor, impedem que este consiga colocar o carro em funcionamento.

90% dos acidentes na estrada devem-se a erro humano. As novas características de segurança obrigatórias que propomos hoje reduzirão o número de acidentes e abrirão caminho a um futuro sem condutores com condução conectada e autónoma.

Elżbieta Bieńkowska, comissária europeia para os mercados

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