Clássicos SEAT 600. Fica a conhecer o «Carocha dos espanhóis»

Glórias do Passado

SEAT 600. Fica a conhecer o «Carocha dos espanhóis»

O sucesso do SEAT 600, o segundo modelo da marca, foi determinante no processo de recuperação da economia do país vizinho em meados do século XX.

SEAT 600

Se o Ibiza foi o grande responsável por projetar a SEAT na Europa e no Mundo, tornando-se o modelo mais vendido da marca, na verdade, o SEAT 600 foi tão ou mais importante. Seria para muitos espanhóis o seu primeiro automóvel, num período de recuperação económica do país, onde uma nova classe média emergia.

A 27 de junho de 1957, sete anos após a fundação da SEAT, foi matriculado o primeiro SEAT 600. Produzido na fábrica da Zona Franca de Barcelona e construído sob licença da Fiat, o pequeno 600 não era mais do que o mesmo modelo italiano com quem partilhava a denominação. Tratava-se de um automóvel compacto, com motor e tração atrás, capaz de transportar quatro pessoas.

Depois do lançamento de um modelo destinado às classes mais elevadas, como era o 1400, o 600 foi uma autêntica revolução.

VEJAM TAMBÉM: SEAT Arona. O novo trunfo da SEAT no segmento dos SUV compactos
SEAT 600

Pensado para a classe média espanhola emergente, rapidamente se converteu num sucesso no país. Para dar resposta à enorme procura, a SEAT multiplicou, progressivamente, a capacidade de produção, passando de 40 automóveis diários, no início de 1958, para 240 no final de 1964 — em comparação, a SEAT fabrica atualmente cerca de 700 unidades do Ibiza.

Entre 1957 e 1973, a SEAT vendeu 794 406 unidades do 600, e um dos seus pontos fortes era precisamente o preço. Quando foi lançado, o SEAT 600 custava cerca 65 000 pesetas da época (o equivalente a mais de 18 000 euros, hoje), mas nos últimos anos de produção cada unidade custava 77 291 pesetas (cerca de 7700 euros).

Isidre Lopez Badenas, responsável pela Seat Historical Cars, apelida o SEAT 600 de “o Carocha dos espanhóis”.

SEAT 600 interior

Embora tenha sido vendido quase exclusivamente em Espanha, o 600 foi o primeiro modelo exportado pela SEAT. Em 1965, chegou à Colômbia, e depois à Finlândia, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Grécia. Ao todo a SEAT exportou cerca de 80 000 unidades do 600, representando 10% do volume total de produção. Hoje, a marca espanhola exporta 81% de todos os seus veículos para mais de 80 países.

Porquê 600? Óbvio

Como era prática comum na altura, a denominação de um modelo muitas vezes correspondia ao tamanho do motor que o equipava. Assim, tal como no SEAT 1400, onde o motor tinha uma capacidade de 1,4 l, também no pequeno 600 encontramos um pequeno motor de 600 cm3, ou mais precisamente 633 cm3.

Apesar da parca cubicagem tratava-se de um quatro cilindros, com uma potência de 21,5 cv. Mais tarde a potência cresceria para os 25 cv (600 D, 600 E) e 29 cv (600 L), graças a um motor de maior capacidade, com 767 cm3 — mudança que não foi suficiente para lhe mudar o nome que já tinha marcado o povo espanhol.

TESTE: Já conduzimos o novo SEAT Leon. Tem mais tecnologia e espaço. Fórmula vencedora?

Novo Recorde do Guinness em ano de aniversário?

(NDR: à data da publicação original deste artigo) Durante o verão, a SEAT vai continuar com as ações de homenagem ao 600, que começaram com uma unidade totalmente restaurada (em cima), apresentada no Salão Automobile Barcelona.

O último evento está marcado para 9 de setembro no Circuito de Montmeló, na Catalunha. É lá que a SEAT quer registar um novo recorde do Guinness, ao reunir precisamente 600 unidades do SEAT 600. E de momento já estão inscritos mais de 600 veículos, o que permite uma lista de suplentes para garantir que o recorde seja conseguido.

Sabe esta resposta?
Qual é o motor mais potente que equipa o novo SEAT Arona?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

SEAT Arona. O novo trunfo da SEAT no segmento dos SUV compactos