Autopédia Motores elétricos chegam às suspensões do novo Audi A8

Como funciona?

Motores elétricos chegam às suspensões do novo Audi A8

Com apresentação marcada para 11 de julho, a nova geração do Audi A8 terá tecnologias inéditas. Uma delas é o sistema ativo de suspensão controlado por motores elétricos.

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A Audi tem estudado a possibilidade de usar as suas suspensões eletromecânicas para gerar eletricidade, como acontece com as barras estabilizadoras do Audi SQ7. Porém, para já, as suspensões electromecânicas do novo Audi A8 apenas vão garantir conforto aos ocupantes e maior precisão aos movimentos da carroçaria.

As vantagens

Uma das grandes vantagens deste sistema é conseguir controlar com total precisão o comportamento de cada suspensão individualmente. Ao contrário do que acontece no conjunto amortecedores convencionais, magnéticos e pneumáticos, as suspensões eletromecânicas não dependem da força de retorno (pós-compressão da mola).

No novo Audi A8 haverá um motor elétrico por roda, ligado a uma caixa de engrenagens e uma barra de torção interna em titânio capaz de exercer até 1.100 Nm de força na suspensão. Mediante a posição das rodas, a velocidade e o tipo de piso, a assistência da suspensão varia.

Como é que a suspensão sabe o que fazer?

O movimento dos motores elétricos é coordenado por uma câmera capaz de ler a superfície da estrada 18 vezes por segundo. A informação é processada por uma centralina, responsável por cruzar todas as informações disponíveis (velocidade, posição do volante, modo de condução, etc) e em milésimos de segundo os motores elétricos reagem para eliminar ou diminuir o impacto dos buracos no chassis.

Este sistema eletromecânico trabalha em conjunto com a suspensão a ar (pneumática), fazendo variar a resposta das suspensões (mais confortáveis ou mais desportivas) e a altura da suspensão de acordo com o modo de condução.

Mas há mais…

Outra das novidades do novo Audi A8 é o eixo traseiro direcional, também já conhecido do Q7 – modelo com o qual partilha a sua plataforma. Até determinada velocidade, as rodas traseiras viram no sentido oposto às rodas dianteiras para aumentar a agilidade do conjunto; a alta velocidade as rodas traseiras trabalham na mesma direção das rodas dianteiras para incrementar a estabilidade.

Resultado prático? O Audi A8 precisa de menos espaço (diâmetro de viragem) do que o Audi A4 para efetuar uma manobra.

Tecnologia ao serviço da segurança

Além de receber informações sobre o estado do pavimento (buracos, lombas, etc), a centralina das suspensões do A8 também recebe informações sobre a possibilidade de colisão eminente. Caso os sensores do sistema Audi pre sense 360° detectem a possibilidade de colisão acima dos 25 km/h, a suspensão recebe uma ordem para elevar a carroçaria até 8cm.

Assim a possibilidade do impacto ser absorvido pelas áreas mais fortes do carro é maior: a redução da carga de impacto pode ir até aos 50%.

Quem é que alimenta esta tecnologia?

Sem o sistema elétrico de 48V que já conhecemos do Audi SQ7 seria impossível a instalação de uma suspensão eletromecânica. Este sistema recorre à regeneração da energia nas travagens para se alimentar, de forma a não sobrecarregar o motor e aumentar os consumos.