Um SUV. Também tu Alpine?
A Alpine acaba efectivar o seu regresso ao mercado com o compacto, ágil e evocativo A110, mas já se fala no próximo modelo. E não poderia ser mais diferente!

NOTA: As imagens deste artigo são meramente ilustrativas e foram retiradas do projeto final de curso do designer Rashid Tagirov
Há pouco tempo celebrámos o regresso da marca francesa Alpine, após longos anos de interregno. E do que já vimos do novo A110, o desenvolvimento demorado deste modelo parece ter compensado.
Porém, não há praticamente nenhuma marca que atualmente consiga sobreviver apenas com modelos de nicho. Perguntem à Porsche…
Referimos a Porsche, pois durante muito tempo sobreviveu (mal) apenas com o 911. E se assim tivesse continuado, hoje provavelmente não existia. Foi apenas com a expansão da sua gama para territórios desconhecidos, no início deste século, que o destino da marca mudou drasticamente.
Referimos, claro, o lançamento do Cayenne. Considerado uma heresia quando foi lançado, este modelo foi na verdade a tábua de salvação financeira da marca.

Já devem estar a imaginar onde é que esta conversa vai parar…
Sim, também a Alpine sabe que para garantir o seu futuro, não pode depender exclusivamente do A110. Terá de expandir o seu portefólio. Michael van der Sande, o diretor executivo da marca, é da mesma opinião:
Para construir uma marca é necessário uma gama de produtos que tenham procura e a mantenham. A Alpine é o lançamento de uma marca, não apenas de um modelo desportivo.
Considerando os rumores – e até retirando lições da Porsche – um modelo SUV parece ser o passo mais lógico para a Alpine. Podem-se contar pelos dedos os construtores que, atualmente, não têm um SUV na sua gama. Até marcas de luxo como a Bentley têm um – brevemente até a Rolls-Royce e Lamborghini disponibilizarão uma proposta nesse segmento.
Como será o Alpine SUV?
Entramos no reino da especulação. A maior certeza é de que o futuro SUV da Alpine será um potencial concorrente do Porsche Macan. Considerado o mais desportivo dos SUV, e dado o foco da Alpine em automóveis desportivos, não será surpresa nenhuma se o modelo alemão for o ponto de referência. Novamente nas palavras de Michael van der Sande:
O único requisito dos nossos automóveis é que sejam os mais ágeis e divertidos de conduzir na sua categoria. Queremos um bom comportamento, ligeireza e agilidade. Se conseguirmos isso, então qualquer tipo de carro pode ser um Alpine.

Estando integrada na Aliança Renault-Nissan, seria de esperar que marca recorresse ao extenso leque de componentes do grupo para o seu futuro modelo. A plataforma CMF-CD, que equipa modelos como o Nissan Qashqai ou o Renault Espace, seria o ponto de partida natural para um modelo destas características. No entanto, os últimos rumores apontam para algo distinto.
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Em vez disso, o futuro Alpine SUV poderá recorrer à Mercedes-Benz. Tal como a Infiniti (marca premium da Aliança Renault-Nissan) recorreu à plataforma do Mercedes-Benz Classe A – a MFA – para o seu Infiniti Q30, também a Alpine poderá recorrer à plataforma do modelo alemão.
E considerando o ano de 2020 como o ano de lançamento previsto para o novo SUV, põe-se a hipótese de já ter acesso à MFA2, a evolução da plataforma que servirá a próxima geração do Classe A.

Previsivelmente, o futuro SUV deverá apresentar-se com uma carroçaria de dois volumes, cinco portas e altura ao solo elevada. Até se fala na possibilidade de ter motores Diesel(!). Ou seja, o Alpine SUV apostará claramente em volumes de produção bastante mais elevados que o A110 alguma vez conseguiria.
A nós, resta-nos esperar por confirmações oficiais. Até lá, o recém apresentado A110 continuará certamente a estar no centro das atenções.
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