Autopédia A história do espelho retrovisor

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A história do espelho retrovisor

Ao contrário do que se possa pensar, o espelho retrovisor é um elemento que nem sempre esteve presente nos automóveis. Então como terá surgido?

Ray Harroun

Lembram-se do Motorwagen? O veículo com motor a gasolina desenvolvido por Carl Benz e apresentado em 1886? Foi por volta dessa altura que se começou a cogitar sobre um espelho retrovisor.

Dorothy Levitt, piloto feminina, terá inclusive escrito um livro intitulado “A mulher e o carro”, onde referenciava o uso de pequenos espelhos pelas donzelas para estarem cientes do que acontecia à retaguarda. Os condutores masculinos — mais confiantes… — continuavam a segurar um espelho com a mão. Solução longe do ideal… enfim, homens!

Posto isto, o modelo Marmon Wasp (na galeria) terá sido o primeiro carro do mundo a usar um espelho retrovisor. Foi ao volante deste carro que Ray Harroun (na capa), se sagrou o primeiro vencedor do Indianapolis 500, em 1911. No entanto, só dez anos depois (1921) é que a ideia foi patenteada, em nome de Elmer Berger, que o queria introduzir nos carros de produção em massa.

E foi assim: o homem sonhou, a obra nasceu.

Factos históricos indiciam que Ray Harroun, quando mais jovem, já teria guiado um carro puxado a cavalo com um espelho retrovisor instalado, em 1904. Mas devido às vibração durante o rolamento, o invento foi um fracasso. Hoje a história é outra…

Agora, já em pleno séc. XXI, o retrovisor conhece o seu próximo estágio de evolução. Os retrovisores exteriores começam a ser substituídos por câmaras, cuja imagem captada podemos ver em ecrãs no interior do automóvel. Uma solução melhor? Teremos de experimentar por nós próprios.

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