Clássicos As máquinas da Coreia do Norte

Insólitos

As máquinas da Coreia do Norte

Conhece um pouco da indústria automóvel do país de Kim Jong-un, o líder da Coreia do Norte.

À primeira vista, a história da indústria automóvel da Coreia do Norte não tem muito que contar – até porque sabe-se muito pouco sobre ela. As marcas norte-coreanas nunca tiveram nenhuma ligação à Organização Internacional de Construtores Automóveis (OICA) e portanto, é difícil conhecer os detalhes da indústria automóvel deste país.

Ainda assim, sabem-se algumas coisas. E algumas delas são no mínimo curiosas…

Tendo em conta que o governo norte-coreano restringe a propriedade de veículos particulares apenas aos cidadãos escolhidos pelo regime, o «grosso» do parque automóvel da Coreia do Norte é constituído por veículos militares e industriais. E a maioria dos veículos em circulação na Coreia do Norte – que chegaram ao país na segunda metade do século XX – são oriundos da União Soviética.

O topo de gama da marca é o Pyeonghwa Junma, um modelo executivo com motor de 6 cilindros em linha e 197 cv.

O primeiro fabricante de automóveis digno desse nome surgiu no início da década de 50, a Sungri Motor Plant. Todos os modelos produzidos eram réplicas de carros estrangeiros. Um deles é fácil de reconhecer (ver a próxima imagem), naturalmente com padrões de qualidade abaixo do modelo original:

Sungri Motor Plant
Mercedes-Benz 190 és mesmo tu?

Quase meio século depois, em 1999, foi fundada a Pyeonghwa Motors, resultado de uma parceria entre a Pyonghwa Motors de Seoul (Coreia do Sul) e o Governo Norte-coreano.

Como podem imaginar, durante algum tempo, esta empresa foi quase exclusivamente uma ferramenta diplomática para fortalecer relações entre os dois países (não é por acaso que Pyeonghwa significa “paz” em coreano). Com sede na cidade costeira de Nampo, a Pyeonghwa Motors foi aos poucos ultrapassando a Sungri Motor Plant, e actualmente produz cerca de 1 500 unidades por ano, à venda exclusivamente para o mercado interno.

Um desses modelos é produzido sob a plataforma do Fiat Palio e é descrito nesta paródia (as legendas são falsas) como “o carro que vai deixar qualquer capitalista com inveja”.

Para termos noção do quão rigoroso é o regime comunista da Coreia do Norte, um estudo feito em 2010 concluiu que existiam apenas 30 mil carros a circular na estradas, num país com quase 24 milhões de habitantes, sendo que a maior parte são veículos importados.

Apesar dos nomes irreverentes – por exemplo, o Pyeonghwa Cuckoo – os motores deixam muito a desejar, rondando os 80 cv de potência. Em termos de design, a aposta é seguir as linhas usadas por outros fabricantes, o que leva a que muitos carros tenham (demasiadas) semelhanças com modelos japoneses e europeus.

O topo de gama da Pyeonghwa é o Junma, um modelo executivo com motor de 6 cilindros em linha e 197 cv, uma espécie de Mercedes Classe E comunista.

No final, os norte-coreanos que não se deixaram convencer pelos próprios carros (é provável…), sempre têm como prémio de consolação uns polícias sinaleiros «fora da caixa» para animar as hostes. Um país diferente em tudo, até nisto:

Sabe esta resposta?
Ao todo, quantas unidades do Trabant foram produzidas até 1991?
Oops, não acertou!

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Parabéns, acertou!
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