Ferrari quer manter V12 livre de turbos e ajudas elétricas

Para o novo 12Cilindri, a Ferrari manteve-se fiel a uma receita antiga, mas com muitas provas dadas dentro da «casa» de Maranello: dois lugares, tração traseira e motor V12 atmosférico.

Quase podemos dizer que se trata de um modelo «à moda antiga», uma vez que equipa um motor de 12 cilindros em V que dispensa o uso de turbos e de ajudas elétricas.

Ainda assim, apesar disso, capaz de cumprir com as regras de emissões atuais, o que lhe permite ser vendido em todos os mercados globais.

Para isso foi necessário um investimento significativo por parte do construtor de Maranello, que recusa — através de Gianmaria Fulgenzi, responsável pelo desenvolvimento de produto da Ferrari — por completo, a ideia de poder vir a contar com um V12 turbo no futuro:

Vou tentar ser educado: um V12 turbo não está na minha cabeça.

Gianmaria Fulgenzi, responsável pelo desenvolvimento de produto da Ferrari

Em declarações aos britânicos da Autocar, Fulgenzi explicou que “existem muitas razões para que o V12 seja naturalmente aspirado” e que a marca italiana recorre aos turbos apenas quando “reduz a cilindrada de um motor”.

“O V12 é natural. É algo que cria emoção, som e aceleração desde uma rotação baixa até à rotação mais alta. Esse é o produto que nós queremos entregar”, afirma Fulgenzi.

Recorde-se que a Ferrari está cada vez mais sozinha nesta «guerra», uma vez que é, nesta altura, o único construtor que mantém um modelo com motor V12 naturalmente aspirado e sem ajudas elétricas em produção. Isto se excluirmos o novo GMA T50, que está limitado a apenas 100 unidades.

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Depois do 12Cilindri (e 12Cilindri Spider), resta agora saber qual será o próximo modelo do catálogo de Maranello a receber este nobre motor V12. Tudo indica que seja o Purosangue, que ainda inclui a versão anterior desta mesma motorização.

Fonte: Autocar

Miguel Dias

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