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Japão conseguiu acordo de tarifas com os EUA. E a Europa?

Um acordo semelhante ao estabelecido entre os EUA e o Japão pode estar a caminho entre Bruxelas e Washington sobre as tarifas comerciais.

linha de produção do Volkswagen Golf
© Volkswagen

Depois dos EUA e o Japão terem chegado a um acordo sobre tarifas comerciais, a União Europeia (UE) poderá seguir o mesmo caminho. De acordo com o Automotive News Europe, Bruxelas e Washington estão a aproximar-se de um entendimento, evitando o aumento de tensões comerciais entre os blocos.

No dia 23 de julho, o país asiático e o país norte-americano fecharam um acordo comercial que prevê a aplicação de tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos japoneses (abaixo dos 25% inicialmente ameaçados por Donald Trump). Em troca, o governo japonês comprometeu-se com um pacote de investimentos e empréstimos no valor de 550 mil milhões de dólares (cerca de 468 mil milhões de euros).

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Bahnfrend, CC BY-SA 4.0 , via Wikimedia Commons A UE estará a tentar garantir que o setor automóvel está incluído dentro destas novas tarifas.

A UE tenta agora alcançar um entendimento semelhante com os EUA, que inclua também a aplicação de tarifas de 15% sobre as principais importações — Trump tem ameaçado com tarifas de 30% já a partir de 1 de agosto. Fontes diplomáticas envolvidas nas negociações garantem que, ao contrário das tentativas anteriores, há agora sinais de consenso entre os Estados-Membros.

Esta não é a primeira vez que Bruxelas tenta entrar em acordo com Washington, mas sem sucesso. Até agora, todas as propostas apresentadas pelo bloco europeu admitiam divisões internas entre os Estados-Membros, e do lado norte-americano também não se registavam sinais de consenso.

Decisão estará para breve?

Embora as fontes se tenham mostrado esperançosas relativamente a um acordo, estas chamaram a atenção para o facto de que qualquer negociação necessita da aprovação do presidente norte-americano, Donald Trump. As últimas decisões, contudo, têm sido difíceis prever. Face a isto, não se espera que uma decisão seja anunciada de imediato.

Desde março, que os EUA impõem tarifas adicionais de 50% sobre o aço e alumínio, 25% sobre os automóveis e 10% sobre todas as importações da UE, além das taxas habituais. Anteriormente, a taxa base era de 2,5%.

E caso não cheguem a acordo?

Se as negociações falharem, Bruxelas tem já preparada uma resposta. A Comissão Europeia aprovou um pacote de tarifas sobre cerca de 21 mil milhões de euros em bens norte-americanos, pronto a entrar em vigor a qualquer momento. Há também uma lista adicional de produtos no valor de 95 mil milhões de euros, que inclui aviões da Boeing, automóveis fabricados nos EUA (como alguns modelos da BMW e da Mercedes-Benz), Bourbon, soja, frango, motociclos, entre outros.

Além das tarifas, a UE está a considerar a ativação do seu mais poderoso instrumento comercial: o Instrumento de Anticoerção Económica (ACI). Esta ferramenta permite à UE adotar contramedidas que vão além das tarifas, incluindo restrições ao comércio, serviços, direitos de propriedade intelectual, investimentos e acesso a concursos públicos.

Contudo, o ACI só pode ser ativado em último recurso e requer o apoio da maioria dos Estados-Membros.

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