Notícias Trump acaba com incentivo de compra aos elétricos nos EUA

Elétricos

Trump acaba com incentivo de compra aos elétricos nos EUA

Nos EUA, para quem está a pensar comprar um carro elétrico, a mensagem é clara: faça-o antes de 30 de setembro. Os incentivos vão acabar.

Donald Trump, 47.º presidente dos EUA da América
© Gage Skidmore

Brevemente vão deixar de existir incentivos à compra de automóveis elétricos nos Estados Unidos da América (EUA).

Na passada terça-feira, o Senado norte-americano aprovou um pacote fiscal promovido por Donald Trump, que elimina os benefícios fiscais para a compra de elétricos.

Caso nada mude até lá, a partir de 30 de setembro, deixarão de haver apoios de até 7500 dólares (6369 euros) para carros elétricos novos e de até 4000 dólares (3396 euros) para carros elétricos usados.

Estes apoios, que vigoram desde 2008 no caso dos automóveis novos, tinham sido prolongados pelo anterior presidente, Joe Biden, até 2032, ao abrigo da Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação). Agora, essa extensão está prestes a terminar.

Tesla Model Y - 3/4 de frente
© Tesla Tesla Model Y

“Se querem comprar um elétrico — novo, usado ou em regime de leasing (aluguer) — agora é a altura certa”, alertou Ingrid Malmgren, diretora sénior de políticas da Plug In America, uma organização sem fins lucrativos que defende uma transição mais rápida para os carros elétricos.

O que esperar daqui para a frente?

Nos próximos três meses, os analistas prevêem um aumento significativo na venda de elétricos impulsionado por uma “compra antecipada” antes do fim dos incentivos.

“Este será o verão dos elétricos, porque após setembro os incentivos terão desaparecido”, acrescentou Malmgren.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), as vendas dos veículos elétricos nos EUA atingiram no ano passado, as 1,6 milhões de unidades, com a quota de mercado a ultrapassar os 10%. Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram vendidos mais de 360 mil elétricos, um crescimento superior a 10% face ao mesmo período homólogo.

Porém, a manter-se esta política, a partir do quarto trimestre deste ano prevê-se uma queda acentuada da compra de elétricos.

Incentivos para reduzir emissões

O objetivo destes incentivos era claro: reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa no país, tornando os elétricos mais acessíveis face aos modelos a combustão. A indústria automóvel nos EUA é responsável por 28% dos gases de efeitos de estufa produzidos pelo país.

Para referência, em maio, o preço médio dos elétricos rondava os 57 700 dólares (49 mil euros) — antes da aplicação dos incentivos —, segundo dados da Kelley Blue Book. Já os carros a combustão o preço médio fixava-se nos 48 100 dólares (40 850 euros). E embora a diferença de preços entre as duas tecnologias esteja a diminuir, os incentivos têm sido cruciais para aproximar os dois.

“Os incentivos têm um papel fundamental para acelerar o ponto de equilíbrio entre os veículos elétricos e os veículos a gasolina”, disseram investigadores da Universidade do Michigan no ano passado.

Ainda há esperança?

Mesmo com o fim dos incentivos federais, os especialistas sublinham que alguns estados e municípios poderão manter apoios fiscais próprios, ajudando a suavizar o impacto para os compradores locais.

Sabe esta resposta?
Em que ano começou o concurso do Carro do Ano em Portugal?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Conheçam todos os vencedores do Carro do Ano em Portugal desde 1985