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Tarifas perto do fim? UE e China discutem solução alternativa

A UE e China estão em negociações que poderão levar ao fim das tarifas adicionais de importação sobre os elétricos "made in China".

BYD Seal-U - 3/4 de frente
© BYD

A União Europeia (UE) e a China poderão estar mais perto de resolver as suas disputas comerciais, substituindo as tarifas adicionais de importação para os elétricos produzidos na China por uma solução de preço mínimo.

Segundo fontes próximas citadas pelo Politico, a UE e a China estiveram esta semana em longas negociações para chegar a um consenso em relação às tarifas europeias impostas aos automóveis elétricos produzidos no país asiático.

Recorde que desde 5 de julho, estão em vigor na UE taxas de importação adicionais de até 37,6% (sobre os 10% já existentes). Em causa está uma alegada concorrência desleal do governo chinês, que Bruxelas acusa de financiar e de fazer baixar artificialmente os preços dos carros elétricos produzidos no país.

XPeng G6 na estrada, frente 3/4
© XPeng A XPeng é uma das marcas chinesas que planeia produzir na Europa para fugir às tarifas.

Ao invés de se aplicar tarifas adicionais, seriam estabelecidos preços mínimos para esse veículos, anulando o efeito das subvenções chinesas e nivelando o preço dos elétricos “made in China” com os produzidos na UE e outras partes do mundo.

Não é a primeira vez que esta solução alternativa é colocada em cima da mesa. Na semana anterior, já tinham existido negociações entre o ministro do comércio chinês, Wang Wentao, e o comissário europeu, Valdis Dombrovskis, mas as duas partes não chegaram a acordo. Não obstante, a UE parece estar disposta a dar uma segunda oportunidade.

“As equipas técnicas de ambas as partes estão a negociar um plano de compromisso de preço flexível, e a fazer todos os esforços para chegar a um consenso sobre o enquadramento da solução antes da decisão final.”

Porta-voz do Ministério do Comércio Chinês

E se não chegarem a acordo?

Caso a UE e a China não cheguem a acordo nas próximas semanas, o plano original das tarifas passarem de temporárias a fixas (ficarão em vigor por um período mínimo de cinco anos) no início de novembro, seguirá para a frente.

Contudo, para as taxas de importação aos elétricos produzidos na China entrarem em vigor, na votação final terá de haver uma maioria qualificada de 15 países membros — que representem 65% da população da UE. Alguns países, como a Alemanha e a Hungria, já manifestaram não estarem de acordo com as novas tarifas.

Por sua vez, a China também já ameaçou avançar com medidas retaliatórias. Entre essas medidas está a intenção de penalizar as exportações da UE no setor alimentar, nomeadamente em relação aos produtos lácteos e de carne de porco.

Fonte: Politico e Automotive News Europe

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