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Ferrari 250 GTO único no mundo pode bater recorde em leilão

A Ferrari só produziu 36 unidades do seu mítico 250 GTO, sendo um dos automóveis mais desejados do mundo. Mas como este, não há mais nenhum.

Ferrari 250 GTO #3729GT - 3/4 de frente
© Mecum Auctions

A Ferrari construiu apenas 36 unidades do mítico 250 GTO no início da década de 60. A raridade e o sucesso nas pistas tornaram-no hoje não só no Ferrari mais desejado de todos como num dos carros mais valiosos do mundo.

Só que este, que vai agora a leilão, tem uma característica que o torna único e, talvez, ainda mais especial que os outros 35. Este Ferrari 250 GTO com o chassis #3729 foi o único que saiu das instalações de Maranello com a carroçaria pintada de branco, ou melhor, “Bianco Speciale”.

Um detalhe raro que, aliado ao seu palmarés desportivo, poderá colocá-lo no topo da lista dos Ferrari mais caros de sempre. Recorde que o último 250 GTO leiloado, em 2023, foi arrematado por 51,705 milhões de dólares (48,247 milhões de euros na altura), ainda hoje o mais caro em leilão.

Sempre ligado à competição

Este exemplar tem o volante montado do lado direito do habitáculo e o seu historial está diretamente ligado ao automobilismo britânico. Entre 1962 e 1964, marcou presença em diversas corridas, em circuitos lendários como Brands Hatch, Goodwood e Silverstone.

Ao volante estiveram pilotos como Graham Hill, fazendo frente a modelos como o Shelby Cobra Daytona, entre outros. Mas a história deste 250 GTO começa com John Coombs, proprietário de uma das mais reputadas equipas de competição do Reino Unido.

Apesar de Coombs ser leal à Jaguar (também os vendia), conseguiu convencer a Ferrari a quebrar uma regra de ouro: pintar o 250 GTO de branco e não de vermelho como era a tradição. Como? Não há certezas absolutas, mas segundo a leiloeira Mecum Auctions, parece que só foi possível graças à intervenção de Alfredo Reali, que fazia a ligação entre a Ferrari e os clientes com os pedidos mais sensíveis e únicos.

A intenção de Coombs em comprar o Ferrari 250 GTO também era outra. A de «provocar» a Jaguar a evoluir o seu E-Type Lightweight para o tornar mais competitivo em relação ao Ferrari. Curiosamente, o E-Type viria a correr, mais tarde, na equipa de Coombs, lado a lado com o Ferrari.

Em 1963, o “Bianco Speciale” passou para as mãos do piloto Jack Sears, que competiu com ele e que o manteve na sua posse até 1999. Nesse ano, foi vendido a Jon Shirley, reputado colecionador e antigo executivo da Microsoft, que lhe proporcionou um restauro completo com o selo da Ferrari Classiche, incluindo um motor construído de raiz.

Nos anos seguintes, participou em vários eventos e corridas para modelos históricos, sempre em perfeito estado de conservação. Agora, regressa aos holofotes e estará em exposição no Monterey Car Week, entre os dias 14 e 16 de agosto.

Mas o leilão será apenas em 2026, entre os dias 6 e 18 de janeiro, em Kissimmee, na Flórida. Para informações detalhadas, o lote está disponível na página da Mecum Auctions.

Este Ferrari 250 GTO pode bater recordes

O valor final é uma incógnita, mas as referências mais recentes impressionam. Como já referimos, o último 250 GTO foi arrematado por mais de 48 milhões de euros, sendo atualmente o mais caro de todos. E não tinha a exclusividade da pintura branca.

Com este historial, raridade e pedigree, não será surpresa se o “Bianco Speciale” se tornar o Ferrari mais caro alguma vez vendido em leilão.