Notícias Vendas de elétricos na Volkswagen sobem mas há um problema

Indústria

Vendas de elétricos na Volkswagen sobem mas há um problema

As vendas da Volkswagen cresceram no primeiro trimestre, contudo isto não foi o suficiente para evitar uma queda de 85% na margem operacional.

Volkswagen ID.4 GTX, frente
© Volskwagen

A Volkswagen (marca) terminou o primeiro trimestre de 2025 com um aumento de 4,6% nas vendas, para um total de 726 267 automóveis (excluindo a China), face ao período homólogo. No entanto, este é um daqueles casos em que vender mais não significa ter melhores resultados.

Apesar do crescimento das vendas e da receita em 10,2% — para 21,2 mil milhões de euros —, a margem operacional caiu de 3,9% para uns alarmantes 0,5%. Uma das razões para esta aparente contradição tem a ver com o aumento explosivo das vendas nos seus modelos 100% elétricos.

Volkswagen ID.7 na estrada, frente
© Volkswagen O Volkswagen ID.7 foi uma das estrelas nas vendas do primeiro trimestre do ano na Europa, ficando a pouca distância do ID.4 (o mais vendido) e superando o mais pequeno e barato ID.3.

Na Europa, as vendas dos elétricos da Volkswagen mais que duplicaram (+157%) no primeiro trimestre face ao período homólogo, graças à performance excepcional de modelos como o ID.4 e o ID.7. Permitiu até à Volkswagen ultrapassar, em números absolutos, os da Tesla — 65 679 unidades contra 53 237 unidades. Além da marca, também o Grupo Volkswagen foi beneficiado: a quota de mercado dos elétricos duplicou de 9% para 19%.

Contudo, face aos modelos a combustão, os elétricos continuam a ser mais caros de produzir e as margens de lucro são inferiores.

O que justifica, em parte, a queda do resultado operacional da Volkswagen em 84,9% para 112 milhões de euros. A queda é justificada adicionalmente pelo construtor por “custos extraordinários”: provisões relacionadas com as metas de emissões na UE; ainda custos legais relacionados com o Dieselgate; e custos acrescidos com o transporte de veículos, já relacionados com as taxas de importação introduzidas pelos EUA no início de abril.

Ainda assim, apesar da queda da margem operacional para apenas 0,5%, a Volkswagen mantém o objetivo de alcançar uma margem operacional de 4% até ao final deste ano. Já o objetivo inicial e mais ambiciosos de atingir uma margem de 6,5%, foi adiado de 2026 para 2029.

Planos para o futuro

Apesar dos resultados pouco animadores, o construtor alemão não está de «braços cruzados». A Volkswagen e as restantes marcas do grupo Core — SEAT e CUPRA, Skoda e Volkswagen Veículos Comerciais —, querem aumentar a eficiência através de mais cooperação e integração, prevendo uma maior concentração dos centros de desenvolvimento técnico e otimização das unidades de produção.

Os próximos anos serão marcados pelo projeto da família de modelos urbanos elétricos que começarão a chegar ao mercado em 2026 com o lançamento do Volkswagen ID.2 — preços a começar em torno dos 25 mil euros. Será seguido rapidamente pelos CUPRA Raval, Skoda Epiq e Volkswagen ID.2X. Só as sinergias deste projeto têm um potencial de 650 milhões de euros de poupança.

Outro projeto é o ID.EVERY1, previsto para 2027, que deverá custar menos de 20 mil euros, e que será produzido na fábrica da Autoeuropa, em Portugal.

Entretanto, a marca celebrou recentemente a produção de um milhão de elétricos na fábrica de Zwickau, na Alemanha — um ID.3 GTX —, embora os festejos tenham sido ofuscados pelo impacto financeiro que estes mesmos modelos estão a causar na rentabilidade do grupo.

Sabe esta resposta?
Em que ano foi lançado o primeiro Volkswagen Golf GTI Mk1?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Totalmente original. Conduzi o Volkswagen Golf GTI Mk1
Parabéns, acertou!
Vai para a próxima pergunta

ou lê o artigo sobre este tema:

Totalmente original. Conduzi o Volkswagen Golf GTI Mk1