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Resultados da Stellantis afetados pelas tarifas de Donald Trump

Restrições, tarifas e decisões estratégicas estão a pesar cada vez mais nas contas da Stellantis. Conheça os números do primeiro semestre.

© Stellantis

A Stellantis divulgou os resultados financeiros preliminares do primeiro semestre de 2025… e as notícias não são animadoras. O grupo automóvel estima um prejuízo líquido de 2,3 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Ainda assim, a receita líquida deverá atingir os 74,3 mil milhões de euros, abaixo dos 85 mil milhões registados no mesmo período do ano passado, mas acima dos 71,8 mil milhões de euros observados no final de 2024.

© Stellantis Produção de elétricos na fábrica da Stellantis, em Mangualde, Viseu.

A empresa justifica este agravamento com diversos fatores: custos de reestruturação, imparidades e o impacto inicial das tarifas impostas pelos EUA — vários modelos vendidos no mercado norte-americano são produzidos no México e Canadá.

Ao todo, estima encargos na ordem dos 3,6 mil milhões de euros — dos quais 300 milhões dizem respeito às tarifas e 3,3 mil milhões a perdas antes de impostos.

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A este dados junta-se ainda um fluxo de caixa operacional negativo de 2,3 mil milhões de euros, o que significa que o grupo gastou mais dinheiro nas suas operações do que aquele que conseguiu gerar com as suas atividades comerciais.

No segundo trimestre — ainda não foram anunciados os números totais do semestre —, as vendas globais caíram 6%, para 1,4 milhões de unidades. A região da América do Norte foi a mais penalizada, com uma quebra de 25% nas vendas, que se fixaram nas 322 mil unidades.

A Stellantis afirma que esta divulgação antecipada dos resultados financeiros tem como objetivo “esclarecer a diferença entre as previsões dos analistas e o desempenho real da empresa no período em causa”. Os resultados oficiais serão conhecidos a 29 de julho.

Nova liderança, velhos desafios

Antonio Filosa assumiu o cargo de diretor-executivo da Stellantis a 23 de junho, sucedendo a Carlos Tavares, que se demitiu com efeitos imediatos em dezembro passado.

Com um histórico como diretor de operações nas Américas, Filosa enfrenta agora uma tarefa difícil: restaurar relações com parceiros estratégicos nos EUA e definir o futuro das 14 marcas que integram o universo Stellantis.

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