Polestar poderá sair do maior mercado automóvel do mundo

Parece um contrassenso, mas apesar da Polestar ter registado um aumento de vendas a nível global de 51% no primeiro semestre (30 300 unidades) face ao mesmo período de 2024, poderá abandonar o mercado chinês… por falta de vendas.

A informação avançada pelo CarNewsChina, cita a publicação NBD, que indica que nos primeiros seis meses de 2025, foram vendidas apenas 69 unidades na China. Em abril e maio, não se registou qualquer venda.

Dados que revelam a dificuldade que muitos construtores têm tido em impor-se no mercado chinês, seja pela guerra de preços destruidora de margens, seja pelo crescimento das marcas locais.

Têm sido vários os sinais de que a Polestar poderá estar de partida do mercado chinês. Um deles foi o fim da joint venture entre a Polestar a Star Meizu, denominada por Polestar Times Technology. Esta tinha como função distribuir os modelos suecos pelo mercado chinês, mas agora essa função passou novamente para as «mãos» do construtor.

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Além disso, a Polestar detém atualmente apenas um ponto de venda físico na China, em Xangai. O sistema de compras online foi desativado e os test-drives só podem ser agendados por telefone, o que sugere uma suspensão quase completa da sua atividade comercial na China.

Situação financeira delicada

Estes desenvolvimentos refletem também a frágil situação financeira da empresa. Desde 2020, a marca acumulou prejuízos superiores a 4,39 mil milhões de euros, dos quais 1,72 mil milhões só em 2024.

Em junho, a PSD Investment Limited, um dos principais investidores da Geely Holding — que detém marcas como a Volvo Cars, Smart e Lotus —, realizou uma «injeção» de emergência de 200 milhões de dólares na Polestar. Com esta transação, a participação de Li Shufu, presidente do grupo chinês, subiu para 66%, enquanto a da Volvo desceu de 18% para 16%.

Apesar deste reforço de capital, persistem dúvidas quanto à capacidade da marca para inverter a tendência negativa. O valor das ações da Polestar na bolsa de valores NASDAQ caiu 90% desde a sua entrada em bolsa.

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O objetivo de alcançar a rentabilidade já em 2025 parece ser cada vez mais ambicioso, considerando o mercado global altamente competitivo — especialmente no segmento dos elétricos onde se encontra —, assim como outros fatores como as tarifas.

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