Notícias A Nissan tem um plano para se salvar e é drástico. Fique a conhecê-lo

Indústria

A Nissan tem um plano para se salvar e é drástico. Fique a conhecê-lo

Os resultados anuais financeiros da Nissan foram os esperados: prejuízos. O novo CEO já colocou em marcha um plano de salvação, mas vai ser doloroso.

Re:Nissan
© Nissan

O novo diretor-executivo da Nissan, Ivan Espinosa, tem entre mãos uma tarefa que parece ser impossível: salvar o construtor japonês.

Os resultados financeiros relativos ao ano fiscal de 2024 (terminou no dia 31 de março) já são conhecidos e foram os esperados: 670,9 mil milhões de ienes (4,1 mil milhões de euros) em prejuízos.

O prejuízo obtido está praticamente ao nível do que o construtor teve no ano 2000, que quase o levou à bancarrota, tendo sido na altura salva pela Renault.

© Nissan Recentemente a Nissan revelou as próximas gerações do Juke, Leaf e Micra (esquerda para a direita).

O último trimestre (janeiro-março) foi especialmente difícil para a Nissan, que viu as suas negociações com a Honda fracassarem e teve de mandar embora Makoto Uchida (substituído por Espinosa), num sinal claro de insatisfação com a lentidão na implementação de reformas essenciais.

Cortar, reduzir e simplificar

Agora é altura de agir… e depressa. Espinosa apresentou um plano — Re:Nissan — para mudar o rumo das coisas e salvar o construtor japonês. O objetivo é tornar a empresa mais eficiente, rentável e resiliente.

Mas para os atingir, há medidas drásticas a implementar. A começar pela eliminação de 20 mil postos de trabalho até 2027, que incluem os nove mil que já tinham sido anunciados no início do ano. Também vai reduzir o número global de fábricas, passando de 17 instalações para 10 até 2028.

A palavra de ordem parece ser reduzir e simplificar. A Nissan quer reduzir a complexidade de componentes em 70% e diminuir o número de plataformas de 13 para 7 até 2035.

Também vai canalizar esforços para reduzir significativamente os tempos de desenvolvimento: 37 meses para o primeiro modelo de uma família e 30 meses para os modelos consequentes. E já tem em carteira várias novidades que obedecem a este processo: o destaque é o regresso do Nissan Skyline, a que se seguirá um novo C-SUV global e um SUV compacto para a Infiniti, a marca premium da Nissan.

A meta final é a de reduzir os custos fixos em 250 mil milhões de ienes (1,5 mil milhões de euros) até ao ano fiscal de 2026, comparativamente ao de 2024.

Reforçar parcerias… também com a Honda

Se a Aliança Renault Nissan Mitsubishi já conheceu melhores dias, não está nos planos o seu desaparecimento. A Nissan diz que estão vários projetos em execução com a parceira francesa e japonesa e pretende continuar com eles.

Aliás, a Nissan quer alavancar todas as parcerias existentes para revitalizar a sua presença em mercados-chave como a Europa, EUA, China e Japão.

E isso também envolve a Honda. Apesar das negociações sobre uma eventual fusão ou aquisição terem falhado, os dois construtores vão continuar a colaborar nas áreas da eletrificação e nas tecnologias para automóveis “inteligentes”.

Com o plano Re:Nissan, a marca espera conseguir alcançar lucro operacional e um fluxo de caixa positivo até ao ano fiscal de 2026.

Sabe esta resposta?
Em que ano é que o Nissan Micra foi eleito carro do ano em Portugal?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Nissan Micra. Vencedor do Carro do Ano 1985 em Portugal
Parabéns, acertou!
Vai para a próxima pergunta

ou lê o artigo sobre este tema:

Nissan Micra. Vencedor do Carro do Ano 1985 em Portugal