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Restrição chinesa às terras raras ameaça indústria nacional de componentes

A indústria nacional de componentes também depende das terras raras e a AFIA confirma que as restrições da China ameaçam a produção.

produção de motor elétrico
© Renault

A indústria automóvel europeia está entre as mais expostas às restrições à exportação de minerais de terras raras impostas pela China, e Portugal não é exceção.

Em declarações à Razão Automóvel, José Couto, presidente da AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel), alertou que, “a manter-se esta situação, teremos rapidamente uma paragem, seja por falta de materiais, seja por cancelamento de encomendas dos clientes”.

Recorde-se que desde o início de abril, a China impôs restrições à exportação de minerais de terras raras para os EUA, em resposta direta às tarifas anunciadas pelo país norte-americano.

Desde então, centenas de pedidos de licenças de exportação foram submetidos às autoridades chinesas, mas apenas cerca de um quarto terá sido aprovado. Como resultado, já foram vários os construtores e fornecedores a encerrarem temporariamente linhas de produção.

Segundo José Couto, esta situação “terá efeitos perniciosos para a indústria de componentes nacional”, não só pelo impacto indireto da paragem nas fábricas europeias como também pela dificuldade no acesso a matérias-primas críticas que estão a ser bloqueadas pelas autoridades chinesas.

eMotor Horse
© Horse A Horse, a joint venture entre a Renault e a chinesa Geely, está a produzir motores elétricos em Portugal na fábrica em Cacia, Aveiro.

Os minerais de terras raras são vitais para a indústria automóvel, uma vez que estão presentes em motores (elétricos e térmicos), sistemas de travagem regenerativa, infoentretenimento, sensores e muito mais.

Peso da produção de componentes em Portugal

Só em 2024, as exportações de componentes automóveis representaram 14,9% do total de bens transacionáveis exportados por Portugal, num valor total de 11 785 milhões de euros. Destes, 88,5% destinaram-se ao mercado europeu, com especial destaque para a Alemanha (23,4%) e França (8,4%). Fora da Europa, os Estados Unidos representaram uma quota de 4,9%.

Uma paralisação das linhas de produção europeias teria um efeito direto sobre o setor automóvel nacional, e, por consequência, sobre a economia portuguesa.

Até ao momento, nenhum dos associados da AFIA reportou paragens nas linhas de produção.

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