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Exportações de componentes automóveis caíram em 2024

A queda nas exportações portuguesas de componentes automóveis em 2024 é um reflexo dos problemas que afetam a indústria automóvel.

Componentes Audi
© André Mendes / Razão Automóvel

Depois de em 2023 as exportações da indústria nacional de componentes automóveis ter atingido o recorde de 12,443 mil milhões de euros, em 2024 os resultados ficaram aquém das expectativas.

A indústria automóvel europeia passa por um período difícil e isso reflete-se, consequentemente, na indústria de componentes.

Os dados disponibilizados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) mostram que as exportações portuguesas de componentes automóveis baixaram 4,5% em 2024 em comparação com 2023, tendo atingido os 11,785 mil milhões de euros no acumulado do ano.

Gráfico com variação homóloga mensal das exportações 2024/2023
À exceção de três meses, a larga maioria da evolução das exportações em 2024 foi inferior à de 2023.

Este resultado ficou abaixo das expectativas da AFIA e ainda não o consegue explicar totalmente, mas segundo esta “há a perceção de alteração do mix de produção na Europa e o reforço de outros destinos”.

O resultado negativo no acumulado do ano encontra paralelo no alcançado em dezembro (-4,5% para um total 672 milhões de euros) e no do último trimestre (outubro-dezembro), com uma queda de 5,8% face ao último trimestre de 2023.

Ainda assim, não é de descurar o peso das exportações da indústria de componentes no contexto geral: 14,9% do total das exportações nacionais de bens transacionáveis foram de componentes automóveis. De acordo com a AFIA “não deixa de representar um valor importante no contexto das exportações nacionais”.

Para onde vão os componentes automóveis feitos em Portugal?

O principal destino destes componentes continua a ser o continente europeu, concentrando 88,5% das vendas realizadas em 2024. Contudo, registou-se uma queda de 5,1% face ao ano anterior.

Em relação aos principais mercados clientes, Espanha continua a ser a principal compradora de componentes automóveis portugueses, com uma quota de 28,3%, seguida pela Alemanha (23,4%) e França (8,4%).

Fora da Europa, os Estados Unidos da América conquistaram uma quota de 4,9%, enquanto Marrocos conquistou uma quota de 2,1% — um aumento expressivo de 26,1% face a 2023.

Perspetivas para 2025

Se o ano de 2024 já foi desafiante, 2025 promete sê-lo mais: as previsões apontam para uma recessão na indústria automóvel. Contudo, como Portugal está envolvido em vários projetos internacionais, o impacto real no país dependerá da procura e da produção de veículos na Europa, avança a associação.

“Os dados para o futuro próximo não são animadores. A redução das vendas de veículos no mercado europeu, juntamente com os sinais de queda, informados pelos clientes, que temos vindo a registar, deixam antever tempos ainda mais conturbados para o setor automóvel, o que fará com que, provavelmente, as empresas tenham de ajustar a atividade e a capacidade de produção que existe neste momento no nosso país”, avança José Couto, presidente da AFIA.

Fonte: AFIA

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