Carlos Tavares na corrida pela TAP. O primeiro voo depois dos automóveis

Muito se tem especulado sobre o futuro de Carlos Tavares. O que fará, daqui em diante, o homem que liderou uma das maiores fusões da indústria automóvel dos últimos anos e fundou a Stellantis?

Com 66 anos de idade, uma das hipóteses em cima da mesa podia ser simplesmente «abrandar». Trocar as decisões executivas pelos fins-de-semana a conduzir os seus clássicos — apresentou a demissão por telefone enquanto corria no Circuito do Estoril — e dedicar-se às suas propriedades — foi debaixo de uma Oliveira, em plena pandemia, que através do telefone consumou a fusão entre a PSA e a FCA.

Porém, o telemóvel de Carlos Tavares não abranda. Foi precisamente isso que revelou em entrevista ao Expresso. Questionado se tinha interesse na TAP, Carlos Tavares revelou que “há um número muito importante de amigos que vieram ter comigo para me perguntar se eu me queria envolver nesse projeto”.

Nesta entrevista — que pode ler na íntegra no Expresso — Carlos Tavares revelou também que o que o motiva é o apelo patriótico. Sublinhou que o controlo da TAP deve permanecer em mãos portuguesas. Para o gestor, é essencial garantir que a companhia não seja vendida a operadores de países concorrentes no turismo. “Podemos criar sinergias, mas o controlo deve ser português. Isso não implica uma maioria estatal, mas uma união entre o Estado, investidores e gestores nacionais”, explicou.

Indústria

Tudo o que a Stellantis está a fazer na Europa depois da saída de Carlos Tavares

O início deste mês tem sido atribulado para a Stellantis, que já anunciou várias medidas depois da renúncia do seu diretor executivo.

Mariana Teles

Apesar do interesse, Carlos Tavares afastou qualquer possibilidade de assumir um cargo executivo na TAP. Caso avance, será apenas como acionista ou membro do conselho de administração. “Não tenho apetite nem competência para funções operacionais no transporte aéreo. O meu objetivo é que esta «novela» tenha um final feliz para Portugal”, disse.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

Carlos Tavares, Indústria