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JLR respira de alívio com redução das tarifas entre os EUA e o Reino Unido

O Reino Unido e os EUA celebraram um acordo comercial que reduz significativamente as tarifas sobre os automóveis britânicos.

Range Rover SV
© Land Rover

O Reino Unido e os EUA anunciaram ontem, 8 de maio, um acordo comercial que reduz, no geral e significativamente, as tarifas de importação , abrangendo também os automóveis britânicos exportados para o mercado estadunidense.

A tarifa sobre os automóveis britânicos era, até agora, de 27,5% e vai cair para os 10%, mas com uma ressalva: a tarifa reduzida será aplicada apenas a uma quota de 100 mil automóveis por ano. Caso a quota de 100 mil automóveis seja excedida, todas as exportações ficarão sujeitas à tarifa de 25% (+2,5% de tarifa base).

Range Rover Sport
© Range Rover O Range Rover e o Range Rover Sport eram os mais prejudicados pelas tarifas.

Em 2024 os construtores britânicos exportaram cerca de 102 mil automóveis. O que levantou dúvidas sobre o funcionamento deste sistema de quotas. Um fabricante britânico, sob anonimato, disse à Automotive News Europe que só comenta o acordo quando houver clareza sobre quem vai pagar as tarifas adicionais quando o limite dos 100 mil veículos for ultrapassado.

Keir Starmer, o primeiro-ministro britânico, acabou por dar um sinal de esperança quando disse que havia margem para negociar um aumento da quota. A opinião de Starmer, por agora, é bastante positiva: “Esta suavização das tarifas é extremamente importante para mim”. Peter Mandelson, embaixador do Reino Unido nos EUA, foi mais longe: “Este acordo salvou vários postos de trabalho”.

JLR respira de alívio

Este acordo representa um alívio da pressão sobre a indústria automóvel britânica, afetando construtores como a McLaren, a Bentley, a Rolls-Royce e, especialmente, a JLR (Jaguar Land Rover).

O grupo britânico — detido pela indiana Tata — tem nos EUA o seu maior mercado individual: vendeu quase 129 mil veículos no último ano fiscal (de abril de 2024 a março de 2025), praticamente um terço das suas vendas globais.

Quando as tarifas foram anunciadas, Robert Mills, consultor automóvel (reformado), em declarações ao The Guardian, disse que seria “o fim da JLR em Solihull (cidade inglesa)”, onde o construtor tem uma das suas principais fábricas, com cerca de nove mil trabalhadores.

Range Rover P530
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É lá que são produzidos o Range Rover e Range Rover Sport, que também têm nos EUA um dos seus maiores mercados e são uma fonte importante de receitas. A JLR exporta ainda do Reino Unido para os EUA os Range Rover Evoque e Velar, e o Discovery Sport.

Não admira que o diretor executivo da JLR, Adrian Mardell, tenha dito: “recebo calorosamente este entendimento, que garante maior certeza para o nosso setor e para as comunidades europeias”. Mas nem tudo são rosas.

Defender Octa - de frente em cima de areia
© JLR O Defender, assim como o Discovery, continuam submetidos à taxa de 25% uma vez que são produzidos na Eslováquia, na União Europeia.

O Defender — o modelo mais vendido de toda a JLR e um sucesso nos EUA — e o Discovery não são abrangidos pelas novas tarifas reduzidas. Isto porque são produzidos na Eslováquia, país-membro da UE. Estão sujeitos, por isso, a uma tarifa de importação de 25%.

A UE está em negociações com os EUA para um acordo comercial que também favoreça ambas as partes.

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