Notícias Da Bélgica ao Cazaquistão. Os 10 países que importam mais carros chineses

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Da Bélgica ao Cazaquistão. Os 10 países que importam mais carros chineses

A influência das marcas chinesas esta a redesenhar o mapa da mobilidade da nível mundial. As exportações chinesas continuam a bater recordes.

Navio Ro-Ro atracado
© BYD

Há muito que os carros chineses deixaram de ser uma nota de rodapé nas estatísticas de exportação e importação automóvel. Na primeira metade de 2025 foram o rodapé, o título e o corpo do texto. Uma história que não é nova: em 2023 a China tornou-se o maior exportador mundial de automóveis.

Olhando para os números dos construtores, a Chery lidera a tabela com mais de 544 mil unidades exportadas no primeiro semestre deste ano, mais 3,5% do que no mesmo período do ano passado. Segue-se a BYD, que na primeira metade de 2025 já superou os números de 2024, tendo conseguido exportar mais de 443 mil carros (+118%) nos primeiros seis meses do ano.

infografia da Chery a mencionar número de carros exportados da China
Com os números da primeira metade de 2025, a Chery foi a primeira marca chinesa a superar cinco milhões de unidades exportadas. As exportações iniciaram-se em 2001.

O pódio é fechado pela SAIC Motor — casa mãe de marcas como a MG — com 242 mil unidades exportadas, que se traduziu num quebra de 4,1% face ao mesmo período de 2024. Segue-se a Geely com quase 182 mil unidades (+7,4%) e a Changan com 167 mil unidades (-5,5%) a fechar este Top 5.

Para onde vão os carros chineses

O portal Car News China, com base em dados da Yiche, publicou a lista dos 10 principais destinos dos carros exportados da China no primeiro semestre de 2025. O resultado mistura pragmatismo económico com oportunidades geopolíticas.

E não é sempre onde se esperava que os elétricos e híbridos chineses florescessem que esse crescimento acontece.

PosiçãoPaísUnidades
importadas
Var. 2024
1México234 500+30,7%
2Emirados Árabes Unidos214 300+58,5%
3Rússia171 000−59,2%
4Brasil155 200−7,9%
5Bélgica147 200+7,2%
6Reino Unido131 300+18,8%
7Arábia Saudita119 500+24,9%
8Austrália115 100+41,5%
9Filipinas101 900+63,5%
10Cazaquistão77 600+105%

A Rússia, que já foi o principal destino da produção automóvel chinesa, caiu a pique: menos 59,2% face a 2024. As razões são políticas e económicas. As novas barreiras tarifárias internas e a desvalorização do rublo têm travado as vendas.

Em sentido inverso, o Cazaquistão ascendeu ao Top 10 com mais do dobro das importações. Um país com 20 milhões de habitantes a importar quase 80 mil carros chineses em seis meses diz muito sobre como Pequim está a redesenhar o mapa da mobilidade na Ásia Central.