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Estudo coloca Lisboa entre as piores cidades para a mobilidade infantil

Estudo revelado pela associação ambientalista Zero deixa Lisboa no 35.º lugar de 36 cidades analisadas quanto à mobilidade urbana infantil.

Lisboa
Sharad kandoi on Unsplash

A associação ambientalista Zero divulgou um estudo em que é avaliada a mobilidade urbana infantil em 36 cidades europeias e os resultados não são animadores para Lisboa: a capital portuguesa surge no penúltimo lugar do ranking. Apenas Sofia, na Bulgária, apresenta um pior desempenho.

O estudo, promovido pela iniciativa Clean Cities Campaign, analisou três indicadores-chave: a existência de “ruas escolares” (com trânsito cortado ou condicionado junto às escolas), a percentagem de ruas com limite de velocidade de 30 km/h e a presença de ciclovias segregadas e protegidas.

No caso de Lisboa, o cenário é pouco promissor: a cidade não conta com nenhuma rua escolar, apenas 5,1% das vias têm limite de 30 km/h e só 6% das ruas estão equipadas com ciclovias protegidas.

© Toyota

Paris dá o exemplo

Em contraste, Paris é a cidade que lidera este ranking, seguida por Amesterdão (Países Baixos), Antuérpia e Bruxelas (Bélgica), Lyon (França), e Helsínquia (Finlândia). O sucesso destas cidades deve-se à implementação de medidas significativas para melhorar a mobilidade infantil, tais como a criação de ruas escolares e a expansão de ciclovias protegidas.

A Zero destaca que cidades com políticas centradas nas crianças tendem a ser mais inclusivas e seguras para todos. Desta forma, a associação apela às autoridades lisboetas para adotarem medidas que promovam a mobilidade ativa e segura das crianças.

Atualmente, a maioria das crianças em Lisboa desloca-se para a escola de carro, representando 43,9% das viagens escolares. Apenas 27,6% vão a pé ou de bicicleta, e 25,7% utilizam transporte público. Estes números mantiveram-se praticamente inalterados entre 2019 e 2023.

Medidas simples podem fazer a diferença

No estudo foi ainda sublinhado que a implementação de ruas escolares, limites de velocidade reduzidos e ciclovias protegidas são três vertentes de ação que podem transformar significativamente a mobilidade urbana infantil. Estas medidas não só promovem a saúde e a autonomia das crianças, como também têm a capacidade de melhorar a qualidade do ar e reduzir o tráfego automóvel.

A associação ambientalista reforça que cidades como Paris e Londres conseguiram melhorias rápidas através de liderança política e envolvimento comunitário. Lisboa tem potencial para seguir este caminho, podendo tornar-se uma cidade mais segura e acessível para as crianças e, consequentemente, para todos os seus habitantes.

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