Mais imagens do cemitério Ferrari que está a dividir a internet

Lembram-se do famoso vestido dourado (ou azul…) que dividiu o mundo inteiro nas redes sociais há alguns anos? Algo semelhante pode estar novamente a acontecer.

Voltaram a surgir imagens nas redes sociais que mostram dezenas de Ferrari abandonados e destruídos num suposto cemitério automóvel. As imagens rapidamente tornaram-se virais, provocando uma acesa discussão online. Alguns defendem que é uma montagem digital bem elaborada, enquanto outros garantem a autenticidade das fotografias.

Além da imagem em destaque, encontrámos outra semelhante, mas de outro ângulo. A nossa equipa está dividida:

Metade da nossa equipa afirma que as imagens são reais. Indicando indícios claros de alguns destes modelos terem participado em crash tests — veja-se o Ferrari 456 GT azul na imagem em destaque —, enquanto outros parecem ter servido de mulas de testes para desenvolvimento de novos modelos, como o Ferrari F355 que está na parte inferior da fotografia.

Mas qual seria o motivo para estes carros serem destruídos? Tratando-se de veículos utilizados em testes e desenvolvimento, existem essencialmente duas razões possíveis.

A primeira é precisamente por serem protótipos que não podem ser comercializados. A segunda razão prende-se com questões fiscais. Para evitar custos fiscais adicionais e eventualmente incorporarem o ativo da empresa, são destruídos e os seus custos ficam alocados a desenvolvimento.

Esta prática é relativamente comum na indústria automóvel, especialmente em marcas japonesas. Por exemplo, a Honda destruiu várias dezenas de unidades do Civic Type R, e mais recentemente a Suzuki fez algo semelhante em 2021 ao anunciar a sua saída do MotoGP, destruindo todos os protótipos à exceção de duas unidades destinadas ao museu da marca.

Depois, há quem na nossa equipa defenda que estas imagens foram manipuladas, não são reais. Ou então, estão simplesmente em negação — também é uma forte possibilidade. Que comece a discussão em torno deste cemitério Ferrari.

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Mariana Teles

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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