Notícias Um Adamastor Furia eletrificado? “Só por imposição legal” diz CEO

Auto Talks

Um Adamastor Furia eletrificado? “Só por imposição legal” diz CEO

Numa altura em que quase todos os supercarros rendem-se à eletrificação, há um projeto português que vai noutra direção: o Adamastor Furia.

motor do Adamastor Furia
© Adamastor

A eletrificação parece inevitável no futuro da indústria automóvel. Nos últimos anos, temos assistido à aposta crescente em motorizações parcialmente ou totalmente eletrificadas, mas será que esse caminho tem de ser obrigatório para todos?

Foi com esta pergunta que recebemos Ricardo Quintas, fundador e diretor-executivo da Adamastor, em mais uma sessão do Auto Talks, o novo formato editorial da Razão Automóvel, estreado no ECAR Show 2025.

O Furia depende apenas e só de um motor V6 biturbo para a propulsão. Por isso quisemos saber se faz sentido lançar um supercarro só a combustão em plena transição energética e se chegaram a considerar algum tipo de eletrificação.

A escolha foi intencional

A decisão de não eletrificar o Adamastor Furia, o supercarro português, não foi uma hesitação ou uma resposta às circunstâncias do mercado; foi uma escolha de base. Segundo Ricardo Quintas, o Furia foi idealizado desde o início para ser movido exclusivamente a octanas. E mais do que isso, foi idealizado “para ser emocional”.

“O som do carro faz parte da emoção da condução. Um supercarro sem som perde toda a piada”.

Ricardo Quintas, CEO da Adamastor

“Quando perguntámos aos nossos clientes se estariam interessados numa versão eletrificada, a resposta foi: não”, revelou o CEO.

© Razão Automóvel Ricardo Quintas, CEO da Adamastor (à esquerda) e Diogo Teixeira, publisher da Razão Automóvel (à direita)

Leveza, emoção e fiabilidade

Mais do que seguir tendências, a Adamastor quis ser fiel ao conceito base do Furia: leveza, emoção e fiabilidade. Mesmo a eletrificação parcial — híbrido —, foi colocada de parte:

“A hibridização ia acrescentar peso, custos e o risco de perda de fiabilidade. Só a consideraríamos por imposição legal.”

Ricardo Quintas, CEO da Adamastor

Não obstante, Ricardo Quintas não abandona a hipótese de, no futuro, recorrer a soluções alternativas. De acordo com o responsável português, a escolha do motor V6 biturbo de origem Ford teve em conta a sua compatibilidade com combustíveis sintéticos — uma tecnologia que poderá garantir ao Furia alguma margem de manobra num futuro «pós-combustão».

Primeiras unidades chegam em 2026

Com a entrega das primeiras unidades previstas para 2026, o Adamastor Furia será lançado em duas versões: uma homologada para estrada e outra destinada à competição. As diferenças entre ambas prometem ser significativas, em performance e até no número de unidades produzidas.

O CEO da Adamastor garante que o Furia promete desafiar o segmento de alta performance: “a eletrificação pode ser tendência, mas este supercarro português quer provar que ainda há espaço para emoção, leveza e som”.

Sabe esta resposta?
Qual a capacidade do "flat-six" do Porsche 911 Turbo S (992)?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

PORSCHE 911 TURBO S (650cv). Supercarro para TODOS OS DIAS, há melhor?