Audi Q3 2026. Os 5 destaques da nova geração

Após anos de letargia, a Audi tem vindo a fazer progressos rápidos nos últimos meses. Depois do A5, A6 e-tron e A6 a combustão, e Q5, agora é a vez da terceira geração do Audi Q3.

A Audi está proibida de errar com o Q3, o SUV compacto que não para de ganhar protagonismo no peso das vendas para a marca dos anéis. Não estranha, por isso, que ninguém tenha querido “colocar o pé em ramo verde” no desenvolvimento desta nova geração, e isso é válido tanto em design como em tecnologia.

Claro que este terceiro capítulo da história do Q3 — primeira geração foi lançada em 2011 e o SUV já acumula mais de dois milhões de unidades vendidas — se concretiza num modelo mais moderno, um pouco mais ousado e certamente com alguma inovação relativamente ao seu bem-sucedido antecessor.

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Mas se estava à espera de um enorme “salto em frente” (como anuncia o claim da Audi) poderá sentir-se um pouco desiludido, especialmente tendo em conta que isso foi feito nos recém-apresentados A5 e A6.

Feito à imagem dos Audi mais recentes

A aparência é agradável e vai buscar elementos dos últimos Audi lançados — não nos lembramos do último Audi «feio» —, as proporções são apropriadas e a tecnologia é conhecida.

Assenta, por exemplo, sobre a MQB evo, que serve modelos como o Volkswagen Tiguan ou o CUPRA Terramar, este último produzido na mesma fábrica do Q3, em Györ, na Hungria.

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Como é tendência hoje, há agora uma faixa luminosa a percorrer toda a largura da traseira do SUV e faróis LED muito estreitos (e sofisticados) tanto atrás como à frente. Neste caso acima de uma grelha Single frame de radiador que assume cada vez mais protagonismo.

Na traseira, porém, essa faixa luminosa contínua com anéis iluminados está disponível apenas em algumas versões, o que se lamenta porque tornaria a gama Q3 mais atrativa, no seu todo. A tecnologia de iluminação digital é a mais avançada em qualquer modelo neste segmento de mercado.

Híbrido plug-in com até 120 km de autonomia

A gama de motorizações vai ser limitada na fase de lançamento. Há uma unidade Diesel (2.0 TDI) e outra a gasolina (1.5 TFSI mild-hybrid), ambas com 150 cv e tração dianteira.

Não há versão 100% elétrica — esse papel pertence ao Q4 e-tron —, mas os adeptos da propulsão «a pilhas» vão ser servidos por um híbrido plug-in, o Audi Q3 e-hybrid.

Ao contrário da concorrência mais direta da BMW e Mercedes-Benz, no entanto, este híbrido estará disponível apenas com tração dianteira — o que desagradará a muitos clientes no norte da Europa. Oferece um rendimento total de 200 kW (272 cv) e 400 Nm graças à combinação de um motor elétrico de 85 kW (116 cv) e ao motor 1.5 TFSI com 130 kW (177 cv).

O conjunto de baterias de 19,7 kWh utilizáveis (25,7 kWh “brutos”) dispõe de 96 células prismáticas, divididas por quatro módulos e montados na parte inferior da carroçaria, tendo sido concebido para permitir uma autonomia puramente elétrica de até 120 km.

Um pouco mais tarde, já no início de 2026, a gama será ampliada com dois motores a gasolina mais potentes, ambos 2.0 TFSI, com 204 cv/320 Nm e 265 cv/400 Nm, com tração às quatro rodas (quattro) e associados a uma caixa automática de dupla embraiagem de sete velocidades.

Espera-se que as versões S e RS, significativamente mais potentes, cheguem em meados de 2026.

Três suspensões à escolha

O Audi Q3 2026 dará a possibilidade de escolher entre três suspensões: a «normal» de série, uma mais desportiva e uma terceira, de amortecimento eletrónico variável. Esta última recorre a novos amortecedores com válvulas duplas para controlar a compressão e a extensão de forma independente e as jantes podem variar entre 17″ a 20″.

A suspensão com controlo variável de amortecimento reage continuamente ao tipo de estrada e de condução, levando em consideração parâmetros da posição do volante, travagem e aceleração, sendo o amortecimento ajustado em frações de segundo em cada roda de forma independente.

O objetivo dos engenheiros alemães foi de aumentar a diferença da resposta da suspensão entre os modos de condução Comfort e Sport. E a direção progressiva, opcional, permite que a resposta aos movimentos dos braços do condutor seja mais direta nos extremos da rotação do volante.

Estreia vidros duplos

Entre as novidades tecnológicas, realce para os faróis LED matrix personalizáveis, mas também para a aplicação de vidros duplos à frente — o Q3 é o primeiro Audi da gama compacta a dispor deste recurso que torna o interior mais silencioso.

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Há dois ecrãs com diagonais de 11,9” (instrumentação) e 12,8” (ecrã central de infoentretenimento, com base Android Automotive), head-up display, um sistema de som Sonos e múltiplos sistemas de assistência ao condutor.

O acabamento, os bancos e os comandos do Audi Q3 2026 causam uma boa impressão à primeira vista. Há mais opções e recursos de iluminação-ambiente e de personalização cromática no habitáculo. A zona entre os bancos dianteiros tem mais espaço para arrumar pequenos objetos e é mais aberta fruto da passagem do seletor da transmissão para uma haste na coluna de direção.

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A capacidade da bagageira varia entre 488 litros e 1386 litros e até podem ser ampliados, graças à possibilidade de avançar/recuar os bancos traseiros ao longo de uma calha de 15 cm e também ajustar a inclinação das costas. Por fim, a capacidade de reboque do Q3 é de 2,1 toneladas.

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A nova geração do Audi Q3 chega ao mercado no último trimestre do ano e tudo indica que os preços irão começar ligeiramente abaixo dos 50 mil euros. No caso do Q3 e-hybrid, ficará acima dessa barreira.

Joaquim Oliveira

Com mais de 30 anos de carreira, Joaquim Oliveira é um dos mais reputados jornalistas do setor automóvel. Colabora com a Razão Automóvel desde 2019.

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