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Especial Comprei um Volvo EX30. Relatório do primeiro ano 100% elétrico

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Comprei um Volvo EX30. Relatório do primeiro ano 100% elétrico

Quem tem um Volvo EX30 na garagem vai rever-se nas minhas palavras. Está melhor do que quando o comprei há um ano. Explico tudo neste vídeo.

Há cerca de um ano comprei um Volvo EX30. É o meu primeiro carro 100% elétrico e, desde então, tem sido o meu carro do dia a dia sempre que a minha mulher deixa. Sim, quando a minha mulher deixa. É engraçado como a pessoa mais relutante em mudar para um elétrico agora é a principal apoiante da causa — devia dedicar uma crónica a isto, mas adiante.

Passado um ano e mais de 15 mil quilómetros — maioritariamente em cidade —, já tenho uma ideia bastante clara do que gosto e do que mudava no meu pequeno SUV sueco. Explico tudo neste vídeo, o segundo desta série com o meu Volvo EX30:

Tamanho certo para a cidade

Agora que recebi em casa um segundo filho — como a nossa vida muda tanto em apenas um ano… — já percebi que as viagens maiores (e com mais tralha) pedem um carro maior.

Mas para o quotidiano em cidade, o Volvo EX30 continua a ser a escolha n.º 1 lá de casa. E como expliquei no vídeo, em estrada surpreende. É o carro mais potente que já tive: 272 cv e aceleração digna de um pequeno desportivo. Mas mais do que isso, é confortável. A direção está bem calibrada, a suspensão filtra bem e o comportamento é seguro — até divertido em algumas curvas.

Volvo EX30, na estrada, de traseira
© Razão Automóvel Os 272 cv de potência permitem despachar a aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,3s.

Comprei a versão Extended Range. No dia a dia, dá-me 420 km de autonomia; em autoestrada, 330 km. E sem sacrifícios — ar condicionado sempre ligado, cruzeiro nos 120 km/h. Os bancos podiam ter mais apoio, mas o conforto geral é bom.

Sotfware já funciona perfeitamente

O software, no início, foi frustrante: falhas na ligação, ausência de Apple CarPlay, chave fob instável. Tudo isso foi entretanto resolvido com atualizações remotas. O que é bom, mas também deixa a sensação de que o EX30 devia ter saído assim de fábrica. Sobretudo quando estamos a falar de um carro que, com IVA, ultrapassou os 45 mil euros.

ecrã central multimédia
© Razão Automóvel As atualizações remotas permitiram resolver algumas falhas nas ligações e a ausência de CarPlay.

Hoje está resolvido. Já nem uso chave — só o telemóvel e o relógio. A app também funciona bem, permite agendar carregamentos, ver o estado da bateria ou climatizar o habitáculo antes de uma viagem. Até o assistente de voz melhorou — responde a pedidos úteis e, se insistirem, até conta umas anedotas. Secas, mas conta.

Segurança Volvo diz presente

É um Volvo e isso vê-se na segurança. Tive a sorte de assistir a um crash test (que vou partilhar brevemente) antes da comprar o EX30 e confesso que… marcou-me. Como também marcam os avisos sonoros, que desligo sempre que entro no carro. Abençoado botão de atalho no volante que torna essa tarefa mais simples!

Devo confessar que tenho uma relação amor/ódio com grande parte destes sistemas que hoje são obrigatórios em todos os carros novos. Reconheço a sua utilidade em autoestrada, mas em cidade — exceptuado a travagem automática e o alerta de ângulo morto —, por vezes são demasiado interventivos.

Ter um carro elétrico compensa

Nos custos, então, não há comparação. Gasto cerca de 700 €/ano entre carregamentos em viagem e em casa — antes, com o carro anterior, eram mais de 2200 euros. O custo por 100 km baixou de 11  euros para 2,30  euros. E com aquisição por empresa, há ainda mais benefícios: IVA dedutível a 100%, isenção de IUC, etc…

Volvo EX30 perfil
© Razão Automóvel

Voltava a comprar? Em casa estamos todos de acordo. Em 99% das situações, é mais simples do que ter um carro a combustão. Mas não é para todos. Em férias, por exemplo, fui com outro carro — gerir bateria e filhos ao mesmo tempo ainda é um desafio. Mas esse não é o território “natural” do EX30… para isso existem os EX40, EX90 e, brevemente, EX60.

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Dito isto, no uso diário, o EX30 faz tudo o que preciso. E faz bem. Para o próximo episódio, talvez uma viagem mais longa, pode ser? Aceitam-se sugestões.

Já não se lembram do primeiro episódio desta série? Então podem vê-lo (ou revê-lo) aqui: