O Ferrari F80 é uma cópia do Honda NSX e tenho provas

O Honda NSX é uma espinha entalada na garganta dos italianos. Como é que uma marca que só fazia carros aborrecidos, de um momento para o outro, deu uma tareia nos gigantes da indústria? Deve ter sido esta questão marcou muitas reuniões em cidades como Maranello, Estugarda e Munique. Sabem de quem estou a falar…

Estávamos em 1990 e o Honda NSX era tudo aquilo que os grandes e intocáveis ambicionavam: uma referência dinâmica, utilizável no quotidiano, equipado com um motor com raça e fiabilidade à prova de tudo. Ainda mais grave… era bonito.

Não vale a pena repetir essa história — já a contámos há algum tempo. Estou a recuperar novamente esse tema porque foi motivo de polémica no último episódio do Auto Rádio. Defendi que o Ferrari F80 era uma cópia da segunda geração do NSX:

O tema do Honda NSX e dos carros italianos dividiu a nossa equipa, mas acho que a razão mora do meu lado da estrada. Vamos às provas? Como em qualquer discussão animada, vou esticar os meus argumentos ao máximo…

O novo Honda NSX e o Ferrari F80

Tanto um como outro foram unânimes naquilo que ninguém deseja: não causaram o impacto esperado.

A reação do público à apresentação do derradeiro hipercarro da Ferrari foi, em alguns casos, um bocejo. Se no primeiro caso a minha métrica são as vendas do NSX, no segundo são as caixas de comentários das redes sociais (que valem o que valem).

Glórias do Passado

Honda NSX. O japonês que deu uma valente tareia aos desportivos europeus

Nos anos 90, chegou-nos do Japão um supercarro à altura do que de melhor que se fazia na Europa — diria até que melhor! Mesmo com menos potência, o NSX envergonhou muitos modelos com cavalinhos no símbolo…

Guilherme Costa

Mas há mais a unir estes dois modelos. A tecnologia. Parece que a Ferrari, ainda traumatizada com o que aconteceu nos anos 90, decidiu copiar aquilo que encontrou no NSX.

Não acreditam? Então tentem adivinhar de que modelo é que estou a falar: motor central V6 biturbo, ajudado por três motores elétricos, tração integral e caixa automática de dupla embraiagem. Acabei de descrever um NSX ou o novo Ferrari F80? Apanhei-vos!

Na receita base, os ingredientes são os mesmos. Depois, naturalmente, há um mundo de distância: no preço, nas performances, nos números de produção. Eu não disse que eram iguais, disse que era uma cópia.

Esta tabela acaba com as dúvidas. É a derradeira prova. Eu disse que tinha razão, mas… será que tenho? Passem pelo nosso podcast Auto Rádio e comentem.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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