Clássicos Sabe o que significa cada um dos quatro círculos do logótipo da Audi?

Logótipos

Sabe o que significa cada um dos quatro círculos do logótipo da Audi?

Hoje fazemos uma viagem no tempo até aos confins da história da Audi para tentarmos desvendar o que se esconde no logótipo dos quatro anéis.

© Audi

Recuando até ao final do século XIX, fase de grande empreendedorismo na Europa, surgia na Alemanha uma pequena empresa de automóveis fundada pelo empresário August Horch, a A. Horch & Cie.

No entanto, após algumas divergências com membros da empresa, Horch decidiu abandonar o projeto e criar uma outra empresa com o mesmo nome; contudo, a lei impedia-o de utilizar uma nomenclatura similar.

© Audi Publicidade da Auto Union AG, fundada dia 29 de junho de 1932

Auto Union

Teimoso por natureza, August Horch quis levar a sua ideia avante e a solução foi traduzir o seu nome para latim — “horch” significa “ouvir” em alemão, que por seu turno se diz “audi” em latim. Ficou algo do género: Audi Automobilwerke GmbH Zwickau.

Mais tarde, em 1932, porque o mundo é pequeno e redondo, a Audi juntou-se à primeira empresa de Horch, e a mais duas empresas do setor automóvel. Foi portanto, formada, uma aliança entre a Audi, a Horch, a DKW (Dampf-Kraft-Wagen) e a Wanderer.

O resultado foi a formação da Auto Union AG, o segundo maior fabricante de automóveis na Alemanha, cujo logótipo era constituído por quatro anéis representando cada uma das empresas.

© Audi Primeiro logótipo da Auto Union

Após a formação da Auto Union, a questão que não saía da cabeça de August Horch era o possível fracasso que seria juntar quatro fabricantes de automóveis com ambições semelhantes. A solução foi então colocar cada marca a trabalhar em segmentos distintos, evitando desta forma rivalidades entre si.

“Um bom logótipo é aquele que dá para ser desenhado na areia com um dedo do pé”

Kurt Weidemann, designer gráfico e tipógrafo

A Horch ficou com os veículos topo de gama, a DKW com os pequenos citadinos e motociclos, a Wanderer com os veículos de maiores dimensões e a Audi com os modelos de maior volume.

Com o fim da II Guerra Mundial e a separação do território alemão, os veículos de luxo deram lugar a veículos militares, o que obrigou a uma reestruturação da Auto Union. Em 1958, Daimler-Benz comprou 88% da empresa, e uns anos mais tarde, o Grupo Volkswagen adquire não só a fábrica de Ingolstadt mas também os direitos de comercialização dos modelos da Auto Union.

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Porém, isso não impediu Ludwig Kraus, chefe do desenvolvimento e membro da equipa de gestão, de desenvolver um novo modelo Audi em segredo. Este modelo foi apresentado à imprensa em novembro de 1968: o Audi 100 — o primeiro veículo 100% Audi —, que permitiu à Auto Union manter a sua independência.

Em 1969, a empresa NSU entra em jogo para se juntar à Auto Union, o que fez com que a Audi emergisse pela primeira vez depois da guerra como uma marca independente. Mas só em 1985 é que o nome Audi AG passou a ser usado oficialmente e a surgir acompanhado com o histórico emblema das argolas, que permanece inalterado até aos dias de hoje.

O resto é história. Vitórias no desporto motorizado (ralis, velocidade e resistência), lançamento de tecnologias pioneiras na indústria, e uma das marcas mais cotadas no segmento premium.

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