Autopédia Subviragem e sobreviragem: sabes distingui-las? E corrigi-las?

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Subviragem e sobreviragem: sabes distingui-las? E corrigi-las?

Subviragem e sobreviragem. Sabes exatamente em que consistem e como se corrigem? Se a resposta a um destas perguntas é positiva, então este artigo é para ti.

Renault Mégane RS
@ Gonçalo Maccario / Razão Automóvel

Para nós petrolhead, a ideia de que nem toda gente sabe exatamente o que é a subviragem e sobreviragem pode parecer-nos loucura.

Afinal de contas, são duas palavras/fenómenos que por várias vezes surgem nas nossas conversas e, na maioria dos casos, não têm segredos para nós.

No entanto, não nos podemos esquecer de que somos uma “espécie rara”, um conjunto de iluminados — há que prefira a palavra “doentes”… para quem os automóveis são uma paixão a quem guardam poucos segredos (e os que guardam depressa tratamos de descobrir), sendo que no “mundo lá fora” há muitas pessoas para quem o carro é mais complicado do que um sudoku.

Ora, para que todos esses “leigos” não fiquem a coçar a cabeça quando nos ouvem a falar sobre subviragem e sobreviragem, hoje decidimos explicar em que consistem os dois fenómenos e, talvez até mais importante, explicar como corrigir um e outro quando ocorrem.

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Subviragem: o que é? E como se corrige?

Normalmente designada “fuga” ou “saída” de frente, este fenómeno é, normalmente, mais usual em automóveis de tração dianteira.

Relembra-te lá. Nunca te aconteceu numa curva ou rotunda feita um pouco mais depressa teres sentido as rodas dianteiras perderem aderência e “deslizarem” levando-te a perder a trajetória ideal e obrigando o carro a “fugir” de frente com um reduzido grau de controlo? Pois bem, se isso já te aconteceu então estiveste perante subviragem.

Nestes casos, o melhor que tens a fazer é manter a calma, não levares automaticamente o pé ao travão e aliviares a pressão sobre o acelerador, permitindo que a velocidade das rodas dianteiras reduza e estas voltem a ganhar aderência. Ao mesmo tempo, controla a direção para que não percas totalmente o controlo.

Rover 45
Por norma os modelos com tração dianteira são mais propensos à subviragem.
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Sobreviragem: o que é? E como se corrige?

Normalmente associada a automóveis com tração traseira, a uma condução mais exuberante (e até divertida), a sobreviragem é o oposto da subviragem, ou seja, é quando sentes a traseira “escorregar” ou “fugir” durante uma curva.

Típica sempre que ocorre uma perda de tração das rodas traseiras, quando controlada (e planeada), a sobreviragem permite-nos imitar os nossos heróis de ralis. Já se for acidental, é garante de grandes sustos, piões e, na pior das hipóteses, acidentes.

BMW M2 Competition
Sim, isto é sobreviragem, mas esta foi provocada e (muito) bem controlada.
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Se alguma vez te vires numa situação de sobreviragem acidental (e olha que já me aconteceu num dia de chuva), deves tentar contrariar a deriva de traseira contrabrecando (virando o volante no sentido inverso) e, se tiveres um carro com potência para isso, podes ainda usar a aceleração para corrigir a deriva de traseira. O que deves evitar é travar com violência.

Bem sabemos que nos dias que correm, em que os automóveis modernos estão recheados de “anjos da guarda” — como o ESP, o controlo de tração ou o ABS —, a subviragem e sobreviragem são cada vez mais raras.

No entanto, ninguém está imune a elas e esperamos que com este artigo consigas explicar melhor aos teus amigos que não gostam assim tanto de automóveis em que é que consistem estes dois fenómenos.

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