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Pré-aviso de greve dos motoristas de matérias perigosas já foi entregue

As negociações entre a ANTRAM e o SNMMP voltaram a falhar e o sindicato entregou já um pré-aviso de greve para 12 de agosto.

Área Serviço sem Combustível.
© Diogo Teixeira / Razão Automóvel

Começou por ser uma ameaça mas agora é uma certeza. Após mais de cinco horas de reunião entre a ANTRAM, o SNMMP e o SIMM (Sindicado Independente dos Motoristas de Mercadorias), os dois sindicatos entregaram um pré-aviso de greve para 12 de agosto.

De acordo com os sindicatos, a greve deve-se ao facto de a ANTRAM agora desmentir ter aceite o acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022.

O que dizem os sindicatos?

À saída da reunião na sede da Direção Geral das Relações do Trabalho (DGERT), do ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, em Lisboa, Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMP falou em nome dos dois sindicatos, começando por acusar a ANTRAM de “dar o dito por não dito”.

Segundo Pedro Pardal Henriques, a ANTRAM não quer reconhecer o aumento gradual que tinha prometido sendo essa a razão pela qual os sindicatos vão avançar com uma nova greve, acrescentando: “Se a ANTRAM voltar atrás nesta postura ridícula que está a ter de dar o dito por não dito, a greve será desconvocada”.

Pedro Pardal Henriques afirmou: “O que está aqui em causa não é o janeiro de 2020, porque este a ANTRAM aceitou”, esclarecendo que o motivo da divergência são os valores para 2021 e 2022.

Por fim, o líder sindical afirmou ainda contar com o apoio dos sindicatos espanhóis e declarou “Ter os motoristas espanhóis do nosso lado é muito importante (…) As empresas vão deixar de conseguir furar a greve”.

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E o que dizem as empresas?

Se os sindicatos acusam a ANTRAM de dar o “dito por não dito”, já as empresas afirmam que estes pretendem “ludibriar a comunicação social ao dizer que a ANTRAM já tinha aceitado os aumentos de 100 euros em 2021 e 2022, quando os protocolos desmentem o negociado”.

André Matias de Almeida, representante da ANTRAM na reunião desta segunda-feira acusa os sindicatos de apresentarem o pré-aviso de greve “sem sequer conhecer a contraproposta da ANTRAM, de 300 euros já em janeiro de 2020”, afirmando que estes “querem fazer uma greve este ano por causa de um aumento em 2022”.

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Segundo a ANTRAM, o problema das exigências salariais está na capacidade financeira (ou falta dela) das empresas de transporte alegando que se conseguem acomodar um aumento de sensivelmente 300 euros em 2020, os aumentos exigidos para os anos seguintes deixam-nas em risco de falência.

Por fim, o representante da ANTRAM declarou que os sindicatos terão de “explicar agora ao país porque vão estar de greve quando os portugueses querem gozar o seu direito de ir de férias” afirmando “os sindicatos nem conseguiram explicar onde foi que alegadamente incumprimos”.

Em que ficamos?

Com o Governo a afirmar que está preparado para enfrentar uma nova greve (e evitar o cenário de quase-caos que se viveu em abril), o mais provável é que a partir de 12 de agosto se volte mesmo assistir a uma nova greve dos motoristas de matérias perigosas, aos quais desta vez se juntam também outros motoristas.

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Isto porque no final da reunião de ontem, a ANTRAM assegurou que não se volta a reunir com o SNMMP e SIMM enquanto estes não retirarem o pré-aviso de greve. Já os motoristas não retiram pré-aviso até as negociações estarem fechadas, ou seja, o mais provável é haver mesmo greve.

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