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BMW M1 AHG Studie. O mais raro dos M1 está à venda

O BMW M1 celebra o seu 40º aniversário. Concebido como um especial de homologação, a sua curta e algo conturbada história, contribuiu para a sua raridade. Mas entre os M1, existem uns mais raros que outros — este é o BMW M1 AHG Studie.

BMW M1 AHG Studie

O único modelo da marca alemã a poder ser classificado como superdesportivo, o BMW M1 teve uma curta mas impactante história. As razões da existência de um M1 remontam à vontade da BMW em competir no Grupo 5 no WSC (World Sportscar Champioship) no final da década de 70.

Se há carro que pode ser considerado um especial de homologação, é sem dúvida o BMW M1. Só que não seria homologado para Grupo 5 como pretendido. Mudanças nos regulamentos obrigavam a marca a construir primeiro 400 unidades como Grupo 4, e só depois poderiam “dar o salto” para uma homologação para Grupo 5.

Finalmente, em circuito

Em vez de adiar a sua entrada na competição, a BMW antecipou-a, sem esperar pela construção das 400 unidades, ao criar o seu próprio campeonato: o BMW M1 Procar Champioship. Era um troféu monomarca, que juntava pilotos de várias disciplinas — Fórmula 1, Turismos, GT — e os colocava ao volante de BMW M1 devidamente preparados para circuito.

BMW M1 Procar
O M1 Procar em toda a sua glória.

As acutilantes linhas do BMW M1 — concebidas por Giorgetto Giugiaro, influenciadas pelo concept Turbo de 1972 — foram habilmente “musculadas” para servirem em circuito. Mais largo, baixo e com a necessária parafernália aerodinâmica, davam ao M1 uma aparência que expressava claramente os seus propósitos como máquina devoradora de circuitos — causaria uma impressão duradoura…

O campeonato Procar teve apenas duas temporadas (1979 e 1980) e a produção do BMW M1 terminaria em 1981, com aproximadamente 460 unidades produzidas, 20 das quais destinadas ao campeonato Procar. A história do BMW M1 AHG Studie começa precisamente com o fim da curta carreira do M1.

E se houvesse um M1 Procar para estrada?

É altura de conhecer Peter Gartemann, o presidente e dono da AHG, distribuidor alemão para a BMW. Inspirado pelos fantásticos M1 Procar, foi ele quem teve a ideia original de criar um estudo de design para o M1, baseado na aparência dos Procar de circuito.

Para tal, implicava que a divisão AHG Motorsport do grupo pegasse num (raro) M1 e o transformasse numa máquina semelhante ao M1 Procar. Se por fora as modificações são evidentes — arcos das rodas alargados, asa traseira e rodas específicas —, houve outras mais profundas para lá do aspeto.

O BMW M1 AHG Studie recebia suspensão de competição ajustável, novas jantes de 16″ da BBS — 8″ de largura à frente e 9″ atrás —, e o seis cilindros em linha M88 de 3.5 litros via a sua potência subir dos 277 cv originais para uns mais entusiasmantes 350 cv. A embraiagem também foi substituída por outra de competição, assim como o sistema de escape foi substituído por outro com renovados argumentos sonoros.

Não deixava de ser um carro de estrada, pelo que o interior mantinha todos os confortos possíveis. Revestimentos em pele eram abundantes e o sistema de som foi melhorado relativamente ao de série com colunas adicionais.

Mais raros que os Procar

Como devem imaginar, esta transformação não era barata. Além de ter de ter um M1 e pagar a sua transformação, o cliente tinha de pagar o processo de certificação TÜV para poder circular na estrada, o que implicava inclusivamente uma série de testes.

De modo a torná-los ainda mais especiais, cada um dos BMW M1 AHG Studie feitos apresenta um esquema de pintura único, levados a cabo pela reputada oficina de pintura Hermann Altmiks.

No total, estima-se que apenas 10 unidades tenham recebido o “tratamento” AHG Studie — números inferiores ao Procar, o carro de circuito —, e esta que se encontra agora à venda é a primeira delas todas, pertencente a Peter Gartemann, que se destaca pela sua pintura verdadeiramente única.

Raridade adiciona valor

Se o BMW M1 é raro, a edição AHG Studie nem se fala. E quando se trata do carro que pertenceu ao autor que deu origem a esta rara edição, como devem imaginar, o valor atinge patamares estratosféricos. Esta unidade sofreu um restauro em 2017 terminado já este ano, tendo percorrido apenas 50 km desde então — o conta quilómetros marca aproximadamente 34 mil quilómetros.

O preço a pagar por este automóvel único é de 930 mil dólares ou aproximadamente 760 mil euros e está à venda na Hemmings.