Primeiras imagens do Audi A4 2016: ataque cerrado à concorrência

O Audi A4 2016 chega no final do ano e trás consigo uma panóplia de novidades que vai deixar a concorrência a fazer contas à vida.

O povo costuma dizer-se que “candeia que vai à frente alumia duas vezes”. Das três principais marcas premium que concorrem no segmento D (Mercedes-Benz, BMW e Audi) a Audi foi a última a renovar o seu modelo. Chega com uns anos de atraso – o atual A4 já acusava o peso da idade – mas chega já conhecendo os trunfos da concorrência. Pontos francos, pontos forte… todos os pontos.

Conhecendo a concorrência, tornou-se mais fácil para a Audi desenhar a sua investida. Mantendo o ar de família da marca, o Audi A4 2016 (geração B9) ostenta com orgulho a grelha Single Frame na dianteira, mais baixa e mais larga para dar um ar mais dinâmico. As restantes linhas da carroçaria mantêm a ligação com a geração atual, mas estão mais tensas e mais musculadas. Ao vivo, resulta num aspeto mais dinâmico e desportivo – a Razão Automóvel teve a oportunidade de ir até Ingolstadt, conhecer o Audi A4 2016, antes da apresentação oficial.

Questionámos o chefe de design do modelo, se não teriam sido pouco ambiciosos no desenho do novo A4. A resposta foi engraçada e ficou-me no ouvido, “se o Audi A4 fosse um álbum gostávamos que fosse um álbum dos Pink Floyd: sempre atual e que resista ao passar dos anos. Ainda que às vezes haja a tentação de desenhar algo tipo Backstreet Boys: bonito mas efémero. Não queremos ser Pop”. Só o tempo dirá que tipo de álbum é o novo Audi A4…

Passando para as especificações. Olhando para a ficha técnica do novo Audi A4 2016, há uma coisa que salta à vista: a marca de Ingolstadt não escolheu o caminho mais fácil. Podia ter feito como fez em gerações anteriores e pegar na base da Volkswagen Passat (MQB), mas não. Preferiu nivelar o novo Audi A4 por cima, recorrendo à base do novo Audi Q7: a leve e modular plataforma MLB.

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Graças à adopção desta plataforma o novo Audi A4 2016 pesa em média menos 120 kg que o seu antecessor, tem uma melhor distribuição de pesos entre eixos, e ganha nas ligações ao solo: suspensões com 5 pontos de apoio nos dois eixos que permitem lidar com as acelerações laterais e longitudinais de forma independente. Todos estes fatores vão certamente contribuir para uma melhoria considerável no comportamento dinâmico e no conforto de rolamento.

As dimensões exteriores também ganharam: 4,76m de comprimento, 1,84m de largura e 1.43m de altura. Ou seja, 25 mm mais comprido, 16mm mais largo e com mais 12mm de distância entre eixos (2.82m). O coeficiente aerodinâmico também saiu beneficiado 0.23 para a versão berlina e 0.26 para a versão carrinha.

O aumento de quotas exteriores teve naturalmente reflexos no interior. O Audi A4 2016 ganhou nas quotas de habitabilidade (+16mm de espaço para as pernas) e na capacidade da mala (+15 litros na Avant, num total de 505 litros). Os ocupantes vão ainda sentir os benefícios de um interior totalmente novo, com recurso ao sistema Audi Virtual Cockpit (opcional) e ao já conhecido sistema MMI integrado – o interior será alvo de um artigo especifico, que poderão encontrar mais tarde aqui.

Quanto a motores, a oferta inicia-se com o 2.0 TDI ultra e 1.4 TFSI ultra, ambos com 150cv de potência. Num total de quatro motorizações e sete versões:

• 1.4 TFSI: 150cv (110 kW) e 250 Nm;
• 2.0 TFSI: 190cv (140 kW) e 320 Nm; 252cv (185 kW) e 370 Nm;
• 2.0 TDI: 150cv (110 kW) e 320 Nm; 190cv (140 kW) e 400 Nm;
• 3.0 TDI: 218cv (160 kW) and 400 Nm; 272cv (200 kW) e 600 Nm;

Terminamos referindo os diversos sistemas de segurança presentes nesta geração, com destaque para a condução autónoma até 15km/h (em tráfego urbano) e semi-autónoma até 65km/h, limitador de velocidade regulável, sistema de deteção de fadiga e o sistema de segurança Audi pre sense city. Este último avisa o condutor de colisões iminentes com outros veículos ou peões e dá início a uma travagem de emergência.

O Audi A4 2016 chega a Portugal no final do ano, nas versões Avant e limusina. Vamos aguardar pelo teste dinâmico para comprovar na prática a validade de todas estas inovações. Até lá, fiquem com a galeria de imagens:

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Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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