Primeiro Contacto Primeiro contacto: Peugeot 208

Ao volante

Primeiro contacto: Peugeot 208

O Peugeot 208 está de cara lavada e com novos motores para mais uma temporada. Nós fomos até à Áustria conhecê-lo em primeira mão.

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Aterramos em Graz, na Áustria, a terra natal de Arnold Schwarzenegger (tinha de dizer isto!), com os novos Peugeot 208 alinhados num hangar do aeroporto e preparados para nos receber. Rapidamente seguimos caminho e até ao destino teríamos pela frente cerca de 100 km por estradas secundárias, uma boa oportunidade para testar a elasticidade do novo motor 1.2 PureTech de 110 cv. Mas primeiro, as novidades.

Este é um lançamento muito importante para a Peugeot pois vem dar novo fôlego àquele que é o modelo mais vendido da marca, o Peugeot 208. Há uma aposta clara da marca francesa em vincar a personalidade jovem e dinâmica do modelo, tendo com esta renovação enveredado a fundo pelo caminho da personalização, 3 anos depois do lançamento do Peugeot 208.

Para que o novo Peugeot 208 seja um verdadeiro exterminador implacável, falta-lhe a caixa de 6 velocidades na motorização 1.2 PureTech 110. “I’ll be back” para uma nova caixa?

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Altamente personalizável

As mudanças exteriores são subtis, com o design geral a manter-se. Para além de um ligeira renovação nas ópticas e na assinatura luminosa, agora com “garras” em LED 3D na traseira, bem como uma grelha de maiores dimensões e novos conjuntos de jantes, pouco há a acrescentar neste capítulo. Ainda assim, apesar de leves, estas alterações vieram amadurecer um produto com provas dadas no campo do design. Isto é positivo.

Na palete de cores a Peugeot quis impressionar e introduziu uma estreia mundial. Um cor fosca de maior resistência que usa um verniz especial e que lhe confere uma textura própria, uma mudança que obrigou a uma alteração no processo de pintura. Há dois packs de personalização: Menthol White e Lime Yellow.

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No interior as mudanças também são poucas, não esquecendo que há 3 anos o Peugeot 208 estreava o i-cockpit. Dificilmente algo mudaria drasticamente no interior do Peugeot 208, pois o público ainda se está a habituar a este estilo de cockpit que veio romper com os habitáculos tradicionais. A Peugeot mostra uma grande responsabilidade aqui, pois fortalece o i-cockpit, uma das grandes bandeiras da marca que também já encontramos no Peugeot 308.

As diferenças no habitáculo estão ao nível da tecnologia e da personalização, com esta última também a estender-se ao interior. O touchscreen de 7″, disponível desde a versão Active, recebe a tecnologia MirrorScreen, que permite ali replicar o ecrã do smartphone.

É na tecnologia de ajuda à condução que o Peugeot 208 se destaca. O pequeno leão, para além de disponibilizar como opcional a tecnologia Park Assist (permite estacionamento autónomo) dispõe agora de Active City Brake (capaz de imobilizar o veículo quando circulamos a velocidades de até 30 km/h) e câmara de visão traseira.

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Novas motorizações Euro6 e nova caixa automática (EAT6)

Em Portugal o Peugeot 208 estará disponível com 7 motorizações (4 a gasolina PureTech e THP e 3 a diesel BlueHDi). Nos motores a gasolina a potência está entre os 68 cv e os 208 cv. Nos diesel entre os 75 cv e os 120 cv.

A grande novidade nos motores a gasolina é o 1.2 PureTech 110 S&S e nós tivemos a oportunidade de o guiar durante alguns quilómetros, com caixa manual (CVM5) e com a nova caixa automática de 6 velocidades (EAT6). Este pequeno 1.2 turbo de 3 cilindros assenta que nem uma luva no Peugeot 208, permitiu-nos circular sem preocupações e registar ainda assim consumos na ordem dos 5 litros.

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A caixa de 6 velocidades automática acaba por se tornar mais agradável em viagens mais longas, devido à sexta velocidade. A caixa de 5 velocidades consegue diminuir a qualidade geral deste Peugeot 208 despachado, falta-lhe uma caixa de 6 velocidades manual para ser um pacote completo. A caixa de 6 velocidades manual estará apenas disponível nas motorizações mais potentes (1.6 BlueHDi 120 e 1.6 THP 208).

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Ao nível das prestações é um motor bastante competente. A aceleração dos 0-100 km/h faz-se em 9,6 seg (9,8 EAT6) e a velocidade máxima é de 200 km/h (204km/h EAT6).

A caixa EAT6 é intuitiva e tem um bom desempenho, ainda que se note a diferença para uma caixa de dupla embraiagem principalmente ao nível das reacções. A tecnologia Quickshift tenta colmatar esse tempo de espera e em modo Sport a acaba por ficar dentro das nossas expectativas.

Aos níveis Access, Active, Allure e GTi junta-se agora o GT Line. Disponível nas motorizações mais potentes, confere um ar mais desportivo e musculado ao Peugeot 208.

GTi mais potente

A versão topo de gama do Peugeot 208 também sofreu alterações e está com as garras mais afiadas. O Peugeot 208 GTi nivela agora a cavalagem nos 208 cavalos, mais 8 cv de potência em relação ao modelo anterior.

Preços sofrem poucas alterações

Com uma diferença de 150 euros para o modelo anterior, o renovado Peugeot 208 acaba por sofrer pouco no preço final depois deste upgrade.

Os preços começam nos 13.640 euros (1.0 PureTech 68cv 3p) nos motores a gasolina e nos 17.350 euros nos diesel (1.6 BlueHDi 75cv 3p). Nas versões GT Line os preços arrancam nos 20.550 euros (1.2 PureTech 110cv) e nos 23.820 euros para os diesel (1.6 BlueHDi 120). A versão mais hardcore do Peugeot 208, o Peugeot 208 GTi, é proposto com um preço de 25.780 euros.

Para que o novo Peugeot 208 seja um verdadeiro exterminador implacável, falta-lhe a caixa de 6 velocidades na motorização 1.2 PureTech 110. I’ll be back para uma nova caixa? Era um bom regresso Peugeot, fica a dica.

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