Honda Civic Type R: Parem de estragar o mito!

A marca Japonesa tem nos últimos anos, feito um pouco de tudo para apagar a chama do mítico Civic Type R. A má notícia é que em parte têm conseguido… e talvez vá piorar.

Contemplar o design das duas últimas gerações do Honda Civic pode transtornar alguns adeptos mais fervorosos do modelo nipónico. E se até agora os adeptos da Honda até têm perdoado a marca por alguns desgostos que lhes têm causado, a paciência pode esgotar-se com o lançamento da nova geração do Type R.

Estão sentados? Pois bem, então agarrem-se á cadeira. Segundo os rumores que correm, já não bastava o design pouco consensual, o novo Civic Type R também não será atmosférico. Pois é, esqueçam o motor ávido por rotações, que faziam qualquer mortal levantar-se da cama a meio da noite para ir à garagem ligar o carro, acelerar duas ou três vezes até ao red-line e depois sim, dormir descansado e realizado.

Era isto que fazia do Civic Type R a máquina de sonho que foi em tempos. Aquele motor cheio de «ganas» por altas rotações, a simplicidade dos componentes e a leveza de todo o conjunto. Agora consegue não ser nada disso… para os mais fundamentalistas defensores do conceito original, a versão que cessa funções parece um catálogo de futilidades. Entre a lista de opcionais só falta uma torradeira, e mesmo assim confirmem no catálogo de opcionais…

Pareço um pouco indignado? Então é porque estou mesmo. Não falamos de um modelo qualquer, falamos do modelo que eventualmente mais contribuiu para a democratização do prazer de condução. Vão à margem sul e confirmem, carros fiáveis e simples que têm feito as delicias da petizada que se inicia pelas lides dos track-days.

Infelizmente é uma legado que está a ser posto em causa. Quanto às versões convencionais do Civic, não me pronuncio. Tirando o design, sempre subjectivo, é tudo aquilo que se pode esperar de um Honda: fiabilidade, qualidade e segurança. Mas quanto à versão type R… é bom que eu esteja enganado e que o próximo Type R seja mais que isso, seja uma máquina! Assim o espero.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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