Fim dos motores de combustão em 2030. Associação UVE quer antecipar as metas nacionais

A UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, tornou hoje pública uma petição — documento completo aqui — onde propõe que Portugal antecipe a proibição da vendas de novos veículos ligeiros com motor de combustão interna para 2030.

Com esta petição, a associação UVE pretende recolher as assinaturas necessárias para que este tema seja abordada em sessão de plenário na Assembleia da República.

Em concreto, a UVE apela à adoção do seguinte calendário no mercado nacional:

• A partir de 2030 apenas seja permitida a venda de veículos 100% elétricos e híbridos plug-in;
• A partir de 2035 apenas seja permitida a venda de veículos 100% elétricos.

Recorde-se que na última Conferência do Clima COP26, Portugal não assinou a Declaração para as Zero Emissões de automóveis e veículos de mercadorias — juntando-se a países como a França, Alemanha, Espanha e EUA.

Por outro lado, Portugal comprometeu-se a proibir a venda de veículos exclusivamente movidos com combustíveis fósseis até 2035, deixando de fora os automóveis híbridos, como aprovado na Lei de Bases do Clima, em novembro de 2021. Assim, o que está em causa com esta petição é a antecipação, em cinco anos, das metas assumidas no último ano.

A UVE apela o país a antecipar-se à UE e a apresentar uma maior ambição. O país deverá assegurar a transição para a mobilidade elétrica já em 2030 e comprometer-se a eliminar gradualmente a venda de todos os veículos ligeiros movidos a gasóleo e a gasolina até 2035.

Em comunicado oficial, a associação revela que estas “exigências resultam da situação de emergência climática”. O intuito da UVE é “contribuir para uma composição da frota nacional de veículos cada vez mais amiga do ambiente”.

Redação

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