China e EUA aliviam tarifas. O que muda para a indústria automóvel?

Os EUA e a China chegaram a um novo acordo para aliviar as tensões comerciais e anunciaram uma redução em 115% das tarifas recíprocas, por um período de, pelo menos, 90 dias a partir de 14 de maio.

Recorde-se que as relações comerciais entre os dois países têm vindo a deteriorar-se, depois do presidente norte-americano ter imposto tarifas de até 145% sobre bens chineses. Em resposta, a China aplicou tarifas de 125% sobre vários produtos norte-americanos.

Com o novo acordo, Washington compromete-se a reduzir as tarifas sobre importações chinesas para 30%, enquanto Pequim fará o mesmo, baixando as taxas sobre produtos norte-americanos para 10%.

“Depois de tomarem as medidas acima mencionadas, as Partes vão estabelecer um mecanismo para continuar as discussões sobre as relações económicas e comerciais”, pode ler-se no comunicado.

O que significa para a indústria automóvel?

Em abril, as exportações de automóveis a novas energias (NEV) — desde elétricos a híbridos plug-in — chineses continuaram a aumentar, independentemente das tarifas norte-americanas, segundo números da China Passenger Car Association (CAAM).

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Isto deve-se ao facto de a China praticamente não exportar veículos para os EUA, sendo o impacto direto destas tarifas nos construtores chineses praticamente nulo, como explicou o analista Wu Shuocheng ao Global Times.

Já os construtores norte-americanos, como a Ford, a Tesla e a General Motors, não partilham da mesma vantagem. Segundo Shuocheng, estes são os mais afetados por estas tarifas, devido à forte dependência de componentes fabricados na China. Recentemente, a Tesla teve de suspender as vendas na China do Model S e do Model X, devido ao facto de ambos serem importados dos EUA, numa consequência direta da guerra comercial, avançou a Reuters.

Indústria

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Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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