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Donald Trump insiste nas tarifas. O que podemos esperar?

Desde que assumiu a presidência dos EUA, Donald Trump tem gerado tensões no setor automóvel global com as suas ameaças.

Donald Trump, 47.º presidente dos EUA da América
© Gage Skidmore

A chegada de Donald Trump à Casa Branca tem feito soar diversos alarmes, principalmente entre os construtores de automóveis. Desde que venceu as eleições que o presidente tem ameaçado com tarifas de importação contra diversos países, tendo já implementado as referentes à China no valor de 10%.

Recorde-se que, no dia 4 de fevereiro, também deveriam ter entrado em vigor tarifas de importação contra o Canadá e o México no valor de 25%. No entanto, estas foram temporariamente suspensas por 30 dias.

Nem a União Europeia (UE) ficou fora da «mira» do novo presidente norte-americano. Donald Trump já tinha ameaçado a UE com tarifas comerciais, alegando que esta era “a única maneira de ter justiça”. Saiba mais sobre o assunto:

Recentemente, o presidente voltou a pronunciar-se sobre o tema focando-se no setor automóvel, com eventuais novas tarifas com valores de 25%. Contudo, mais detalhes só serão divulgados no dia 2 de abril.

Mas afinal o que está a acontecer?

A razão por trás da implementação de tarifas na importação de automóveis está também relacionado com um tratamento injusto dos EUA nos mercados estrangeiros.

Como exemplo, atualmente, a União Europeia impõe uma taxa de 10% sobre os automóveis provenientes dos EUA, enquanto o país norte-americano impõe uma taxa de apenas 2,5% aos automóveis provenientes da União Europeia.

Face a esta diferença de valores, surgiram rumores na imprensa internacional de que a UE poderia estar a equacionar reduzir as tarifas dos automóveis provenientes dos EUA. No entanto, esta hipótese foi desmentida pela própria Comissão Europeia.

Relativamente à “assimetria entre tarifas”, a Comissão respondeu que “a estrutura das tarifas varia entre economias, algumas das tarifas da UE são mais altas e outras são mais baixas do que as dos EUA. Enquanto a UE impõe tarifas generalizadas para os automóveis de 10%, os EUA cobram tarifas de 25% às pick-up, um dos segmentos de maior importância no mercado norte-americano”.

A pick-up Ford F-150 é o modelo mais vendido nos EUA.

Até agora, a UE apenas se pronunciou para declarar que, caso as ameaças de tarifas se concretizem, “vai responder de forma firme”, destacando estar aberta para negociações. “A UE vai agir para salvaguardar os seus interesses económicos. Protegeremos os nossos trabalhadores, empresas e consumidores”, referiu Ursula von der Leyen, presidente da CE.

Já relativamente ao México e ao Canadá a situação é um pouco mais complexa. Envolvendo não só a importação de automóveis e de bens, como questões relacionadas com a imigração e com o tráfego de fentanil.

O que já está decidido?

Por enquanto as únicas tarifas implementadas são as referentes à China, no valor de 10%, como mencionado acima, que entraram em vigor no dia 4 de fevereiro. Em resposta, o país asiático aplicou tarifas adicionais a vários produtos americanos, como 15% sobre o carvão e gás natural liquefeito e 10% sobre o crude e máquinas agrícolas.

A Toyota Tacoma é produzida no México e exportada para os EUA. Representa 10% do total de volume de vendas da Toyota nos EUA.

Para além disto, a partir de 12 de março, serão aplicadas tarifas de 25% a todo o aço e alumínio importado, independentemente do país de origem.

Os construtores estrangeiros não são os únicos impactados pelas tarifas norte-americanas. Jim Farley, diretor executivo da Ford, já se veio pronunciar: “Não há dúvidas de que as tarifas, se prolongadas, irão ter um enorme impacto na nossa indústria, eliminando milhares de milhões de dólares em lucros, bem como em toda a cadeia de valor da nossa indústria. Tarifas significam preços mais altos para os clientes“.

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